Connect with us

SOCIEDADE

Saneamento do meio deixa a desejar na autarquia de Nacala

Publicado há

aos

O estado de saneamento do meio ao nível da autarquia de Nacala-porto, em Nampula, deixa a desejar, sobretudo, no período de chuvas, período em que  os munícipes estão vulneráveis a vários riscos, desde as doenças de origem hídrica, erosão de solos, a degradação das vias de acesso, entre outros problemas.

Neste momento as ruas da cidade baixa estão completamente cobertas de lama e lixo à mistura. A circulação de pessoas, viaturas e bens está a ser feita com dificuldades. E a intervenção por parte da edilidade torna-se incapaz de melhorar o saneamento, pois, há insuficiência de meios circulantes, combustível e outras necessidades.

Os munícipes dizem que foram deixados à própria sorte, num contexto de vulnerabilidade em relação a doenças de origem hídrica. Aliás, essa realidade acontece numa altura em que as comunidades de Janga 1 e Janga 2 ficaram assoladas por diarreias agudas, que provocaram a morte de pelo menos 30 pessoas.

A Renamo, que governa o município de Nacala, já tentou promover uma acção de limpeza, pois aquele partido entende que a imagem política está beliscada por conta da alegada má gestão do erário público, que se traduz, igualmente, na fraca implementação de projectos de desenvolvimento local.

Não é só o saneamento que está a preocupar os cidadãos de Nacala-porto, a problemática de erosão de solos também tira o sono à população. Todas as vezes em que chove, assiste-se à destruição gradual de habitações.

A fraca capacidade de resposta para minimizar os efeitos da erosão e a gestão de resíduos sólidos por parte da edilidade força os munícipes a praticar acções individuais e colectivas para combater o referido fenómeno.

Alguns cidadãos entrevistados pela nossa Reportagem dizem que utilizam o lixo para tapar as ravinas provocadas pela erosão. Outras famílias enchem os sacos para tentar combater o assoreamento de solos.

O académico Abdul Gafar Mepava entrevistado pelo RIGOR naquela cidade portuária, considerou que os problemas que a autarquia de Nacala está a enfrentar, desde a abundância do lixo, o fenómeno da erosão de solos, a degradação das vias de acesso e outras questões, denunciam a falta de liderança capaz de tomar decisões e executar os projectos de desenvolvimento local.

Para ele, a imagem da cidade de Nacala está beliscada devido a presença de resíduos sólidos nas comunidades. Na sequência, a saúde pública corre vários riscos, sobretudo, quando se trata do período de chuvas, onde a malária, as diarreias e outras doenças representam as principais causas de internamento.

A nossa fonte disse ao que a edilidade não está a dar conta do recado no que diz respeito à recolha de lixo e deixa os munícipes à própria sorte  em condições de vulnerabilidade.

Entende, a fonte, que a componente de erosão de solos constitui uma preocupação. A maioria dos bairros apresenta terrenos acidentados, uma realidade que acaba com a tranquilidade dos residentes de Nacala-porto.

Mepava também fala de estradas ao afirmar que as estradas que dão acesso aos bairros da autarquia estão degradadas. “Não faz sentido que esses problemas estejam a acontecer numa cidade onde está a funcionar a primeira Zona Económica Especial do país e com uma grande capacidade tributária”, disse, para depois explicar que “todos esses problemas resultam da falta de liderança para tomar decisões que favorecem a população e iniciativa para implementar os projectos de desenvolvimento da autarquia”.

Mais Lidas