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SOCIEDADE

Moçambique não se livra da pobreza por causas de OSC que se empenham na mobilização contra o ESTADO

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  • MDM diz que o discurso da FRELIMO revela arrogância e intolerância social e política.

O Secretário Geral da Frelimo diz que as constantes convocações de manifestações do País, promovidas pela Sociedade Civil vão continuar a colocar o país numa situação de pobreza extrema. Roque Silva fez estes pronunciamentos durante uma visita que efectou à província de Nampula e atribui a culpa a certas organizações da Sociedade Civil, que no lugar de promover o desenvolvimento, semeiam no seio dos jovens, ódio contra o Estado Moçambicano, o que de certa forma retarda o desenvolvimento.

“Para que nós possamos alcançar o sonho de um dia sermos um país livre da  pobreza não vamos conseguir isso convocando marchas, todos os dias na estrada, convocando manifestações para atrapalhar a concentração que o povo tem para trabalhar. Não vamos conseguir alcançar os níveis de desenvolvimento em tão pouco tempo com organizações da sociedade civil que, algumas, ao invés de ensinar o povo a amar a sua pátria, ao invés de ensinar o povo a ser trabalhador, ensinam o povo a revoltar-se com a sua própria pátria. Isso não é patriotismo, não é cidadania e isso nem é trabalhar para o crescimento da sociedade”.

Para a FRELIMO, uma organização da Sociedade Civil deve ensinar as pessoas  a produzir mais e melhor para o crescimento do País. Porém, segundo o dirigente, actualmente as organizações estão a fazer tudo ao contrário. “Queremos organizações que ensinam as pessoas a ser cidadãos moçambicanos. Queremos organizações que ensinam as pessoas a negar aquilo que está mal, mas dentro de um sentido de disciplina, patriotismo e uma cidadania profunda. Não queremos os que jovens se deixem  distrair para aqueles que  sob capa das Organizações da Sociedade Civil se transformam em partidos políticos que visam perturbar o processo de desenvolvimento”, explicou.

Roque Silva centrou maior parte do seu discurso para rasgar  fortes elogios ao governo do seu partido, principalmente ao seu presidente, alegadamente por estar a dinamizar o desenvolvimento país, sobretudo, na componente de paz e segurança do povo. “Se hoje podemos sair de Maputo até Nampula sem termos que parar a espera de escolta é fruto de sacrifício do presidente Felipe Nyusi”, exaltou.

“Não se acaba a pobreza falando mal um dos outros, agitando pessoas a perder tempo, ao invés de trabalhar, para fazer coias que não funcionam. Há coisas que não estão bem sim, mas nós os moçambicanos temos que sentar sozinhos para descobrir o que não está bom e sermos donos dos nossos próprios destinos, que não venham alguém de onde quer que seja para nos ensinar como governar o nosso próprio país”

MDM reagem ao discurso e diz que a Frelimo é intolerante a assuntos sociais

O presidente do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango, diz que os discursos do Secretário-Geral do partido FRELIMO revelam arrogância e intolerância política e intolerância social.

“Nós do MDM não temos problemas com ninguém e acreditamos que há um espaço democrático por ser respeitado, e cada um tem a liberdade de pensar e isso é importante para o país. Eu não tenho de ter medo de debater ideias, na fase em que nos encontramos a FRELIMO tem medo de debater ideias”, disse.

Simango desmente a narrativa de que as organizações da sociedade civil estão a fazer política e a usar jovens. “Isso é puramente mentira, os jovens são moçambicanos e são defendidos pela Constituição da República, nós temos capacidade de criar uma sociedade inclusiva e dialogante e é isso que nós precisamos. Infelizmente, a Frelimo não tem capacidade em construir essa sociedade inclusiva e dialogante”, frisou.

Sitoi Lutxeque

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