SOCIEDADE
Académico defende a construção da fraternidade na base da união entre os moçambicanos
O Sociólogo moçambicano, Pedrito Carlos Cambrão defende a necessidade da sociedade ser compassiva, altruísta e solidária para com os deslocados que perderam os seus ente queridos e/ou bens por conta das atrocidades fratricidas dos insurgentes/terroristas em Cabo Delgado, incluindo deslocados climáticos das cheias ou ciclones Idai e Freddy que assolaram o país.
Falando numa palestra subordinado ao tema “A Pertinência da Fraternidade em Tempos de Crise Humanística: Ressonância da Encíclica “FRATELLI TUTTI” do Papa Francisco”, durante a 5ª edição da Páscoa InterUniversitária, um evento que reuniu académicos e religiosos, na cidade da Beira, Pedrito Cambrão, disse que os moçambicanos devem construir a fraternidade universal e da amizade social, independentemente da crença religiosa ou partidária, cor, conhecimento técnico/científico, etnia, cargo, estatutos e outras coisas ideologias que, vezes sem conta, dividem os moçambicanos.
“ Somos convidados a ter um coração de ternura e amável. Unidos na diversidade, podemos dizer que somos pessoas humanas e não pessoas autónomas como os robots, só assim, construiremos a fraternidade universal e amizade social que são fontes da paz”, disse Carlos Cambrão, docente na Universidade Zambeze.
O académico sublinha que apesar de o país viver na chamada era electrónica, tecnocrata que elevou a capacidade produtiva do homem, “não serviu para reduzir o número de pessoas expostas a situações miseráveis, muito menos para corrigir a nossa relação com a natureza”.
O docente entende, igualmente, que apesar do desenvolvimento técnico-científico e do franco crescimento económico, nota-se a degradação das condições sociais, a discrepância na distribuição de rendimentos, provocadas por aquilo que chamou de “capitalismo desenfreado”.
Para o sociólogo, “o capitalismo desenfreado ou selvagem coloca um pequeno grupo de pessoas na “relva” (luxo) e a maioria na “selva” (lixo), isto é, coloca poucas pessoas (a elite) na prosperidade – a viver à grande e à francesa e a maioria (o povo) na pauperidade – a viver do pão que o diabo amassou, ou a comer feno”. A fonte realça que Moçambique vive hoje numa autêntica crise humanística que obriga aos constantes questionamentos sobre que Moçambique vivemos.
“Os moçambicanos vivem no país da marrabenta onde tudo arrebenta ou do miranda, onde tudo se mira e se anda?. Por tudo isto, a crise em Moçambique tem um significado negativo que gera raiva, manifestações de protesto e revolta ou, então, resignação e pessimismo, A crise é o caminho para a ruína/morte”.
Para o sociólogo, o país vive actualmnete três tipos de crise, nomeadamente a crise identitária, económica do modelo de mercado livre e a crise ética.
MARGARIDA DOS ALBERTO
-
CULTURA3 meses atrás
Victor Maquina faz sua estreia literária com “metamorfoses da terra”
-
SOCIEDADE6 meses atrás
Isaura Nyusi é laureada por sua incansável ajuda aos mais necessitados e recebe título de Doutora
-
DESPORTO3 meses atrás
Reviravolta no Campeonato Provincial de Futebol: Omhipithi FC é promovido ao segundo lugar após nova avaliação
-
OPINIÃO5 meses atrás
O homem que só gostava de impala
-
OPINIÃO6 meses atrás
Do viés Partidocrático à Democracia (Participativa)
-
OPINIÃO5 meses atrás
A Cidade Vermelha
-
DESTAQUE5 meses atrás
Investigação do Caso Ibraimo Mbaruco é prorrogada e família teme desfecho trágico
-
DESTAQUE5 meses atrás
Secretário de Estado em Nampula é acusado de tentativa de apoderar-se de viaturas apreendidas