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AUTÁRQUICAS 2023

Lentidão no atendimento e avaria de equipamentos afugentam eleitores

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Avarias constantes de equipamentos e a lentidão no atendimento estão a fragilizar o processo de recenseamento eleitoral na cidade de Nampula. A esses factores se associa o problema de energia elétrica para os vulgos móbiles em diferentes postos de recenseamento eleitoral, o que faz com que muitas pessoas se sintam forçadas a abandonarem o processo, antes de exercerem o seu direito patriótico.

Numa ronda efectuada pela nossa reportagem em alguns postos de recenseamento foi possível visualizar longas filas de potenciais eleitores totalmente decepcionados com este processo.

O mais caricato ainda, de acordo com os nossos entrevistados, tem a ver com a falta de consideração em relação às mulheres grávidas, idosos, portadores de deficiência, entre outras pessoas em situação de vulnerabilidade.

Algumas formações políticas que se opõem ao governo do dia denunciam indícios de fraudes. O Partido RENAMO fala da existência de “eleitores imigrantes” supostamente, por ordens do governo, com missões específicas de votarem na FRELIMO, no próximo dia 11 de Outubro.

Em conferência de imprensa havida na última segunda-feira, o mandatário do Partido RENAMO e chefe do Gabinete do Presidente do Conselho Autárquico de Nampula, Ossufo Ulane, exibiu uma lista nominal, ostentando logótipo da FRELIMO, supostamente apreendida num dos postos de recenseamento eleitoral.

De acordo ainda com a fonte, a fraude eleitoral preparada pela FRELIMO não se circunscreve apenas na “importação” de pessoas, mas também, na seleção dos eleitores favoritos.

Por seu turno, Mário Albino, Presidente da Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) sublinha que a fraude começou com o recenseamento piloto, realizado nos princípios do ano, nos distritos não municipalizados e Meconta, e Mogovolas e alerta que o seu partido vai apertar o cerco na fiscalização do processo.  

Isac Jamal, oficial de comunicação no partido FRELIMO em Nampula, refuta todas as acusações e diz que já é hábito que a RENAMO produza boatos visando descredibilizar instituições em processos eleitorais.

“Isto é um boato que visa denegrir as instituições do Estado que estão a gerir o processo eleitoral. É preciso dizer que a posição da FRELIMO é de que precisamos de todos os moçambicanos para apoiar as instituições do Estado que estão a liderar este processo.”

Segundo dados oficiais, a província de Nampula projecta recensear mais de um milhão de potenciais eleitores até ao próximo dia 3 de Junho.    

LUÍS TIPANE

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