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ELEIÇÕES GERAIS 2024

Sismo Eduardo destaca que participação massiva na greve é reflexo do cansaço popular contra a ditadura em Moçambique

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O defensor dos direitos humanos, Sismo Eduardo, afirma que a ampla participação dos cidadãos moçambicanos na paralisação da última Segunda-feira, que fez com que até os serviços públicos e privados, além do comércio, ficassem fechados, é um sinal de cansaço da população em relação à ditadura que perdura no país desde as primeiras eleições.

De acordo com Sismo Eduardo, a massiva participação das pessoas nas manifestações organizadas pelo PODEMOS e Venâncio Mondlane se deve, em parte, não apenas ao apelo de um dos candidatos, mas também ao desejo significativo da população em relação ao sistema que actualmente controla o país.

“Embora a manifestação tenha sido iniciada por Venâncio Mondlane, na verdade, quem a realizou foi a população. O povo está pressionando tanto Venâncio quanto o PODEMOS. Isso não é apenas uma intenção deles, mas sim uma pressão que vêm recebendo da sociedade, já que o povo confia neles. Para atender a essa pressão de forma apropriada, decidiram convocar a manifestação. Agora, Venâncio está anunciando novas medidas, e as implementações das manifestações nos dias 24 e 25. O que a comunidade espera é que haja uma consciencialização, uma maneira de pressionar aqueles que estão no poder para tomarem decisões adequadas.”

O activista acrescenta que, para muitos, a greve é uma forma de “afastar o regime de sua zona de conforto, representando a demanda pela restituição integral de seus direitos, além de evidenciar a desconfiança da população.” Sismo Eduardo fez críticas à conduta da polícia, especialmente em Maputo e Beira, onde surgiram diversas situações que violam os direitos humanos.

Eduardo, acredita que não era necessário fazer a polícia se impor com o uso de gás lacrimogéneo contra os cidadãos, especialmente considerando que eles apenas estavam lutando por seus direitos.

“Ontem, em Maputo, observamos a presença de helicópteros sobrevoando a cidade. Pergunto se era realmente necessário utilizar essas aeronaves para dispersar gás lacrimogéneo. Se estamos incitando vandalismo ao queimar pneus, é um indicativo de que a polícia não está cumprindo seu papel de assegurar a segurança pública. Sua função parece ser mais a de intimidar e reprimir aqueles que se manifestam.”.

Sismo, termina lembrando que uma manifestação não é um acto de guerra, mas sim uma maneira de expressar desacordo com certas posições ou decisões.

“O acto de manifestar pode assumir diversas formas, como grupos caminhando nas ruas, cantando e levando cartazes com mensagens de protesto”, declarou Sismo, ressaltando que a população utilizou a manifestação como um meio de criticar a indiferença dos órgãos eleitorais e do governo. Losângela Mussa

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