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ELEIÇÕES GERAIS 2024

Bispos Católicos condenam a incitação à violência e  pedem diálogo e transparência diante das suspeitas de fraudes nas eleições 

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Os Bispos Católicos de Moçambique, acabam de publicar uma declaração solicitando que os moçambicanos evitem práticas de incitação à violência, além de não se deixarem influenciar para realizar tais acções.

Apesar das críticas às eleições, que, na opinião deles, mais uma vez, verificaram-se fraudes grosseiras, repetiram-se enchimentos de urnas, editais forjados e tantas outras formas de encobrir a verdade, os bispos acreditam ser necessário ter a ousadia de dialogar e investigar de maneira clara os resultados, divulgando e confrontando os editais originais nas mãos dos diferentes intervenientes.

“A nossa mensagem, reiterada, e hoje ainda mais sublinhada, é um forte apelo para travarmos a violência, os crimes políticos e o desrespeito pela democracia. Tenhamos a coragem de enveredar pelo diálogo e de repor a verdade dos factos”, referem os bispos católicos, que sublinham a importância de se criarem espaços de colaboração na governação e considerar um possível governo de unidade nacional, bem como de envolver as instituições competentes e sérias do país na gestão dos processos eleitorais, presentes e futuros, por forma a evitar conflitos eleitorais.

“Apelamos ao respeito pelo direito à manifestação pacífica, mas alertamos igualmente os jovens para que não se deixem instrumentalizar e serem arrastados em acções de vandalismo e desestabilização. Na nota pastoral de 16 de Abril 2021, tínhamos chamado a atenção para a facilidade com que os nossos jovens se deixam aliciar a juntarem-se a actos violentos e comportamentos ilegais, pois a sua vida assenta na experiência de ausência de esperança num futuro favorável, a falta de oportunidades de se construir uma vida digna”.

Segundo os Bispos Católicos de Moçambique, a maior riqueza nacional é a nossa juventude. “É uma juventude nascida em tempo de paz, tem direito à paz e quer a paz. Não podemos deixar que partidos políticos e grupos de poder continuem a promover as suas influências nefastas sobre ela, incutindo políticas de desprezo, de ódio e de vingança ou demonstrando ausência de valores de respeito pela verdade e honra.”

Os Bispos Católicos de Moçambique apelam igualmente a todos os directamente envolvidos neste processo eleitoral e no conflito gerado para fazerem do exercício do reconhecimento das culpas e do perdão e a coragem da verdade, o caminho que permita o retorno à situação normal de um país que se quer vivo e activo e não silenciado pelo medo da violência. Redacção

 

 

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