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Presidente Nyusi promete guerra à instabilidade com métodos pacíficos
O Presidente de Moçambique anunciou nesta Terça-feira (19.11.2024) em um discurso à nação que se empenhará incansavelmente, utilizando todos os métodos pacíficos, para promover a estabilidade e a paz no país.
Filipe Nyusi afirmou que deseja deixar a presidência do país em um estado harmonioso, ressaltando que ainda há oportunidades para os moçambicanos buscarem soluções pacíficas para as suas divergências. “Recebo pedidos e apoio sobre a importância de um diálogo mais activo. No meu gabinete, recebi representantes de todos os partidos políticos e líderes religiosos e da sociedade civil, mas muitos optam por permanecer em silêncio. Essa tem sido minha abordagem até agora. Vou fazer o possível para garantir a paz no país”, declarou Nyusi, que chamou todos os moçambicanos, incluindo os quatro candidatos eleitorais, a se engajarem de maneira proactiva nesse processo de pacificação.
“Entretanto, para alcançarmos o sucesso, é essencial que nos unamos e colaboremos na busca de soluções para os desafios que enfrentamos. Devemos abandonar o egoísmo, pois ele não resolve as questões. A solução deve ser uma responsabilidade dos próprios moçambicanos. É importante também a participação de todos os candidatos à presidência, precisamos do Lutero Simango, Daniel Chapo, Venâncio Mondlane e Ossufo Momade.”
Filipe Nyusi reafirma que as justas reivindicações não devem ameaçar a riqueza de Moçambique
O Chefe de Estado de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que, embora as demandas dos cidadãos sejam justas, elas não devem servir como justificativa para comprometer o delicado património que o país detém.
O Presidente Filipe Nyusi, afirmou que a violência é um obstáculo ao progresso da nação. Por esse motivo, ele solicitou que as acções de vandalismo em curso sejam interrompidas. Segundo Nyusi, cada vez que um jovem falta ao trabalho, isso favorece o fecho de estabelecimentos, colocando-os em risco de encerrar as suas actividades.
Informações do Presidente da República indicam que o país presenciou 200 protestos marcados por intensa violência, resultando em danos a diversos bens, tanto públicos quanto privados. Dentre os alvos dos ataques, destacam-se antenas de telefonia móvel, postes de energia e estabelecimentos comerciais. O Presidente da República disse que também as manifestações afectam directamente à população, que 807 cidadãos moçambicanos, incluindo civis e policiais, ficaram feridos, com um total de 19 óbitos, dos quais cinco eram agentes da PRM.
No relatório do chefe de Estado, o sector da Saúde foi apontado como o mais impactado por essas manifestações. “Nos serviços de saúde, houve uma diminuição de cerca de 60% no número de atendimentos nas áreas de urgência, pediatria e adultos”, afirmou Nyusi, que também mencionou uma queda de 54% nas doações de sangue, especialmente em um período festivo em que a necessidade de sangue para salvar vidas humanas aumenta. Além disso, 60 postos fixos de vacinação foram fechados, e 54 equipes móveis foram canceladas, resultando em mais de 6.500 vacinas adiadas.
Manifestações podem ofuscar crescimento prometido de 5,5%
Nyusi afirma que a realização das manifestações tem impactado as populações mais vulneráveis e os trabalhadores menos assistidos, intensificando as desigualdades.
O estadista moçambicano afirmou que, durante esse período, houve obstáculos na distribuição de produtos da primeira necessidade, resultando em uma falta desses produtos e uma elevação da inflação. “Isso implica que, mesmo com os salários, teremos que adquirir menos produtos”, declarou Nyusi, ressaltando que as perdas se reflectirão nas finanças das empresas prejudicadas, assim como nas contas públicas do governo, podendo impactar as despesas do Estado.
Outro efeito significativo das manifestações mencionadas por Filipe Nyusi é que os protestos estão provocando uma percepção ampliada de risco em relação ao país, resultando em um aumento nos juros exigidos para investimentos em Moçambique.
Embora a nação mantenha uma situação comercial favorável, a projecção de crescimento de 5,5% para 2024 arrisca ser ajustada para baixo em razão das manifestações.
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