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ECONOMIA

Nos centros comerciais de sexo em Nampula: Manifestações retraem clientes e prejudica trabalhadoras de sexo 

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As manifestações gerais, convocadas pelo candidato presidencial suportado pelo partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane, está prejudicar em grande medida as trabalhadoras de sexo em Nampula. Desde o início da primeira etapa (21.10.2024) o fluxo de clientes que procuram de sexo reduziu nos principais prostíbulos da capital do Norte de Moçambique.

O Rigor fez uma ronda nos principais “centros comerciais de sexo”, concretamente na zona da FAINA, localizado ao longo da Estrada Nacional Numero Um (EN1), e AXINENE, situado no bairro de Carrupeia, onde in-loco constatou essa realidade. As mulheres que se dedicam a actividade passam quase todo dia ao sol e expondo o seu corpo, mas com pouca sorte de conseguir um cliente.

Tarima G, jovem de 22 anos de nacionalidade moçambicana, é trabalhadora de sexo há mais de cinco anos. Ela, que trabalha e vive num dos quartos, por si arrendada, no complexo AXINENE, diz que nos últimos dias vive o pior cenário, desde que iniciou a actividade, tudo devido à falta de homens, seus principais clientes, que a cada dia que passa deixam de frequentar ao local, por conta das manifestações.

“A greve está a nos prejudicar muito, veja que o número de clientes diminuiu muito, digo isso porque a aderência estava boa antes da greve, agora o movimento está paralisado. Nós temos sempre vivido graças ao nosso trabalho e agora está complicado”, lamentou a nossa entrevistada.

Ela fez saber que em dias normais, antes das manifestações, ganhava por pelo menos 3 mil meticais e nos fim-de-semanas passava disso, mas actualmente o cenário mudou e tem dificuldades de conseguir mil meticais, por conta da crise instalada.

Outra vendedeira de sexo que preferiu falar no anonimato também lamentou a queda drástica dos clientes. “Aqui não estamos a ver nada, a greve piorou com a situação; não há clientes. As pessoas estão com medo de andar, sair das suas casas para vir aqui, devido a essa greve, eles preferem ficar nas suas casas, e nós passamos mal. Gostaríamos que parassem com esse cenário”, pediu a jovem. Apesar da redução de clientes, a trabalhadoras de sexo garantiram que vão continuar a trabalhar, por dependerem da única actividade para garantir a sua sobrevivência.  Losângela Mussa

 

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