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SOCIEDADE

Nampula regista 143.444 casos de malária só no mês de Janeiro do ano

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Cerca de 143.444 indivíduos na província de Nampula foram diagnosticados com malária no início do ano em curso.
O número indica uma diminuição de aproximadamente 22 por cento. No mesmo período do ano anterior, a província de Nampula anotou cerca de 183.898 casos de malária entre 1 e 30 de Janeiro.
Entre os 143.444 diagnósticos de malária, 6 resultaram em óbito, em comparação com 9 no mesmo intervalo de 2024.
Os distritos de Ribáuè, Murrupula, Muecate e Mecuburi apresentaram o maior número de casos de malária, enquanto Moma, Mossuril, Mogovolas e Nacala foram os que reportaram a menor incidência da doença.
A falta de saneamento adequado nas comunidades e o emprego inadequado das redes contra mosquitos são identificados como factores que contribuem para a disseminação da doença.
Segundo o médico Samuel Filipe Carlos, que lidera o Departamento de Assistência Médica na Direcção Provincial de Educação em Nampula, a diminuição dos índices de mortalidade e dos diagnósticos é fruto de esforços conjuntos, focando na consciencialização da comunidade sobre o uso adequado de redes mosquiteiras e o tapamento de buracos de água parada.
“Como sector, temos focado em actividades de promoção que envolvem principalmente a divulgação de mensagens essenciais para a prevenção de doenças, além de informar sobre os métodos de prevenção disponíveis, como o uso de redes mosquiteiras. Oferecemos serviços voltados para gestantes e promovemos o uso de redes mosquiteiras tratadas com insecticida, assim como a profilaxia. Quanto as mulheres grávidas, elas recebem medicamentos que as ajudam a prevenir a malária, tendo em vista que estão em maior risco. Embora a província apresente casos de uso inadequado das redes mosquiteiras, o sector de saúde tem investido significativamente em acções promocionais para incentivar a mudança de comportamento”, disse e continuou:
“Embora tenhamos acesso à rede, é fundamental utilizá-la de maneira apropriada. Como se pode notar, há pessoas que, mesmo possuindo a rede, optam por utilizá-la para finalidades diferentes daquelas para as quais foi criada, como, por exemplo, usar para cercas em hortas caseiras e para a pesca. Nós, como sector, não apoiamos essa prática”, afirmou Samuel Filipe Carlos, solicitando a colaboração de todos os segmentos da sociedade na luta contra a malária.
“Durante esta estação chuvosa, observamos a formação de poças de água e o acúmulo em valas, criando um ambiente favorável para a reprodução do mosquito. Por isso, incentivamos especialmente nas áreas urbanas que as comunidades unam esforços para remover os charcos, cortar o capim ao redor das residências e, acima de tudo, motivar as crianças a dormirem sob redes mosquiteiras”.
Anualmente, o sector de saúde em Nampula organiza campanhas para distribuir redes mosquiteiras e realizar pulverizações, porém, neste ano, surgem dúvidas em relação a essas acções, em função das limitações no apoio da USAID.
“A distribuição de redes mosquiteiras ocorre sempre após a estação das chuvas, pois quando as condições favoráveis para a proliferação da doença, os mosquitos se intensificam. No entanto, neste momento, não temos confirmação, pois a libertação do orçamento ainda é incerta e estamos sem recursos financeiros. A saúde pública enfrenta desafios devido aos problemas actuais com nossos parceiros, especialmente a USAID, e acredito que todos os veículos de comunicação estão cientes dessa situação. Para este ano, já havia um plano, mas estamos limitados por esse impasse”, ressalta Samuel Filipe Carlos. Ele também mencionou que o sector fará o possível para tratar e prevenir essa doença, mesmo diante das dificuldades. Vânia Jacinto

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