POLÍTICA
Ilícitos eleitorais do passados não devem servir de desculpas para não ir votar
Académicos e membros da Sociedade Civil em Nampula afirmam ser fundamental que os moçambicanos afluam às urnas e não usem os ilícitos eleitorais, das eleições anteriores como uma justificativa para a abstenção na votação de Hoje (9.10.2024).
Segundo os entrevistados, assim como o país que se desenvolve ano após ano, as eleições que acontecem a cada quinquénio em Moçambique, também apresentam avanços a cada nova eleição. Por isso, os nossos entrevistados estão optimistas de que, desta vez, as eleições sejam diferentes, e ressaltam que os moçambicanos devem se afluir às urnas sem olhar os processos eleitorais anteriores.
“Cada eleição é uma eleição, o nosso processo democrático está em crescimento e cada processo há falhas, não podem ser essas falhas que nos possam impedir de ir votar, quem sabe podemos construir um Moçambique melhor”, disse encorajando a todos sobre a necessidade de se dirigir ainda no período da manhã a urnas.
“Encorajar para que todos vão às urnas votar, porque só assim é que podem decidir sobre o seu futuro, podem decidir sobre a vida de Moçambique”
Mutoa diz que, quem não votar, alguém fará por ele e, pode não ser aquilo que esta pessoa esperava.
“Não ir votar significa que alguém vai votar para eles, então para que isso não acontece é melhor que vão votar nas primeiras horas”
Já o académico moçambicano
, afirma que ninguém deve transferir para outra pessoa a tarefa de votar. É fundamental que cada eleitor inscrito dirija-se às urnas para exercer o seu direito de escolher os futuros dirigentes deste país.
Segundo ele, não é suficiente apenas se dirigir às urnas, é crucial fazer uma escolha adequada. Óscar Namuholopa, diz que os eleitores devem se fundamentar nos manifestos que reflitam seus interesses e que sejam inclusivos para todos.
“O Povo moçambicano é mais uma vez chamado a decidir sobre o futuro de Moçambique, o apelo que faço é uma aderência massiva, para que o possa participar do processo eleitoral, de escolha dos seus dirigentes, que vão assegurar a província, mas também o Presidente que vai dirigir os destinos do país, nos próximos cinco anos”, disse explicando que a eleição, é um momento importante e ímpar para a população expressar a sua vontade.
“É de direito ao mesmo tempo, de dever. As pessoas não devem ficar em casa e deixar que os outros decidam por elas, é preciso que cada um assuma um protagonismo. É preciso que o povo vá decidir quem entres os bons é melhor para nos dirigir nos próximos cinco anos nos”, disse, sublinhando a importância da decisão de escolha do povo.
Os nossos entrevistados António Mutoua, que ocupa o cargo de Director-Executivo da Solidariedade Moçambique, e o Académico Óscar Namuholopa, destacam a importância de os órgãos eleitorais evitarem quaisquer acções que possam comprometer a integridade do processo e que se esforcem para conquistar a confiança da população moçambicana.
“Um apelo de forma específica aos diferentes actores que são os políticos e os observadores nacionais e internacionais, sobre tudo os gestores do processo eleitoral, falo da Comissão Nacional de Eleições, do STAE para terem uma atitude que distante do processo para garantir que o mesmo seja tido como livre justa e transparente e possam trazer resultados credíveis”, afirmou.
Já, António Mutoua diz que “aos partidos concorrentes, quero pedir para que mantivessem a calma e celeridade por este processo ser de grande responsabilidade e pelo bem da democracia às dezoito horas que termine o voto contrariamente das vezes passadas,que começa a contagem e os processos corram normalmente e segundo a lei”, disse, exortando os Membros de Mesa de voto a evitarem práticas ilícitas durante o processo eleitoral. Mutoa ressalta que as penas são severas, não só para os membros de mesas, como também para qualquer indivíduo que pratique actos ilegais relacionados às eleições.
“Aos MMV a moldura penal sobre aquelas brincadeiras de fraudes são altas, aquele que lhes manda fazer isso nunca vai estar com eles na hora da justiça, para evitar isso seria óptimo que pudessem evitar máximo envolverem-se em fraudes porque isso não vai construir o Moçambique que queremos”, apelou. Losângela Mussa
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