ELEIÇÕES GERAIS 2024
FRELIMO diz que não vai negociar o poder com Venâncio Mondlane
O Partido Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) diz que não vai negociar o poder com Venâncio Mondlane, o candidato presidencial suportado pelo partido PODEMOS, por considerar ter vencido as eleições por confiança do povo.
As declarações foram feitas por Filipe Paúnde, membro da Comissão Política da FRELIMO e chefe da brigada central de assistência a província de Nampula, Filipe Chimoio Paúnde, numa conferência de imprensa, cujo objectivo era agradecer aos Nampulenses pelos votos depositados ao seu partido e candidato Daniel Francisco Chapo.
Paúnde alegou que o povo moçambicano votou no seu partido, onde na sequência conquistou 195 lugares para deputados na Assembleia da República e mais de 4 milhões de eleitores escolheram Daniel Francisco Chapo, o que significa que a FRELIMO é a vencedora das eleições.
“Não confundamos, uma coisa é diálogo e outra coisa é negociação. A Frelimo sempre pautou pelo diálogo, mas atenção é preciso não confundir o diálogo com negociação. Diálogo é para estarmos todos em paz, porque o povo moçambicano depositou na FRELIMO, milhões de votos que deram os 195 deputados. Mais de 4 milhões de moçambicanos votaram no Daniel Francisco Chapo, o representa uma percentagem de 70 por cento”, disse.
Filipe Paúnde disse que tem se ouvido questionamentos sobre “porque é que a FRELIMO não pode falar com Venâncio, porque Venâncio não pode vir falar com a FRELIMO? Onde está Venâncio agora? A minha pergunta é onde está Venâncio, vocês sabem onde ele está? Não me respondem porque não sei, não é? Ele poderia dizer que somos irmãos. Eu digo, primeiro está o país e se eu sou cidadão, não estaria interessado em destruir, mas sim construir Moçambique”, disse Paúnde, referir que as acções feitas por Venâncio Mondlane, passaram de política para criminal.
“Quando um agente começa a incendiar casas, destruir património, queimar uma viatura do estado e do privado, eu não estou a construir Moçambique. Portanto, é preciso saber que algumas acções já saem da esfera política, vão para esfera criminal”, disse.
O membro da Comissão Política da FRELIMO condena as atitude do candidato do partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, ao promover manifestações que “desgraçam” o país e causam violência.
“Antes de eu ser militante de qualquer que seja o partido, eu tenho que assumir o patriotismo, sou cidadão moçambicano e devo pautar por tudo aquilo que traz o bem para o nosso povo. Quando eu digo que ninguém deve ir trabalhar, quando eu participo numa manifestação vou destruir as viaturas, as residências o património público ou privado, não é manifestação. Não é aquela manifestação plasmada na nossa Constituição da República, isso é vandalismo. E tudo que é vandalismo é condenado”, condenou.
“Temos instituições que estão para resolver os problemas que existem, então vamos recorrer a estas instituições. Quando incita a violência, queimar a casa de um cidadão, é mesmo manifestação? Concidadão tem alguma culpa? Eu penso que não podemos fazer aos outros aquilo que nós não queremos que não nos façam. O meu apelo é a paz, harmonia social. Eu sei que há recursos que foram ao Conselho Constitucional, ainda não saíram resultados, confesso que não nos deixa tranquilo como moçambicanos e também como Partido”.
Na mesma ocasião, o membro da comissão política do partido FRELIMO, pediu a Venâncio a conformar-se com os resultados até aqui tornados públicos pelas autoridades da administração eleitoral.
“Nós perdemos a guerra e nunca fizemos vandalismo. Uma vez perdemos a cidade de Nampula, nós não fizemos nenhuma manifestação de vandalismo, nós conhecemos o que é a democracia. É um conjunto de ideias que as pessoas passaram a apresentar o seu manifesto”, observou Paúnde. Vânia Jacinto
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