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POLÍTICA

Ensino superior deve responder ao desemprego juvenil, defende Samaria Tovela

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A ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, defendeu esta quinta-feira (16), em Nampula, que o ensino superior moçambicano deve reforçar a sua ligação ao mercado de trabalho como estratégia para enfrentar o elevado desemprego juvenil.

Falando na abertura do VII Fórum dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior, a governante sublinhou que a qualidade da formação não pode ser medida apenas pelo número de cursos ou diplomas, mas sobretudo pela capacidade de garantir empregabilidade e estimular o auto-emprego. “As universidades devem alinhar os seus currículos com as competências que o mercado exige e criar mecanismos de incubação para jovens empreendedores”, afirmou.

Tovela recordou que, no Fórum anterior, realizado em 2024 na Beira, já havia sido destacada a importância da ligação entre academia e sector produtivo. “Esse desafio mantém-se e deve ser prioridade nacional, porque um ensino superior desligado da realidade social e económica não cumpre a sua missão”, acrescentou.

A ministra incentivou igualmente a criação de parcerias entre universidades, instituições financeiras e empresas para financiar incubadoras de negócios e projectos inovadores. Segundo disse, cabe às instituições mapear e apoiar estudantes com potencial empreendedor, conectando-os a programas de incubação e financiamento, dentro e fora do país. “Precisamos de transformar dificuldades em oportunidades. O auto-emprego e o empreendedorismo não são apenas alternativas, mas caminhos estratégicos para um futuro mais inclusivo e sustentável”, frisou, apelando a que as universidades se posicionem como motores de desenvolvimento local e nacional.

Tovela reiterou que o sucesso da juventude no mercado de trabalho dependerá da capacidade das universidades em formar profissionais qualificados, inovadores e competitivos, capazes de contribuir para a produtividade e a transformação das comunidades.

A ministra frisou ainda que Moçambique passou de uma única instituição de ensino superior em 1975 para 60 em 2025, entre públicas e privadas, considerando esta evolução uma das maiores conquistas da independência, que hoje garante acesso universitário em todas as províncias e, em alguns casos, até a nível distrital.

No capítulo da qualidade, elogiou o trabalho do Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade (CNAQ), que nos últimos cinco anos avaliou 772 cursos e 35 instituições, apoiou a criação de 37 unidades internas de garantia de qualidade e consolidou quatro centros de referência em Maputo, Beira, Nampula e Tete.

Outro ponto realçado foi a capacitação de 500 professores no âmbito do Projecto MozSkills, dotando-os de competências para lidar com o ensino híbrido, ensino à distância e os impactos da Inteligência Artificial. Tovela sublinhou que esta formação é obrigatória por lei e central para elevar a qualidade académica no país. Redacção

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