ECONOMIA
Empresários de destaque detidos em operação contra branqueamento de capitais
No âmbito da Stop Branqueamento De Capitais (BC), O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional está a efectuar uma série de prisões em Nacala, Maputo e Matola.
Na cidade de Nacala, a operação ocorreu ao longo da última semana e resultou na detenção de empresários de destaque.
Um comunicado da Procuradoria mencionou que até o momento foram detidos cinco indivíduos e apreendidos vários documentos e equipamentos que estão sob investigação, incluindo Mahomed Jhamil Abdul Elias, Zumir Amin Hassan, e Hassan Gulam e Hussein Gulam, empresários conceituados e proprietários de complexos de destaque tanto em Nacala quanto na cidade de Nampula.
O rigor descobriu que depois da detenção o grupo seria imediatamente levado para uma prisão situada na cidade capital do país, apesar de nossas fontes terem informado que os mesmos permanecem detidos na penitenciária local. Pela influência do grupo, na cidade de Nacala, as pessoas estão relutantes em comentar sobre o ocorrido, embora haja confirmações de prisões. A porta-voz da Polícia em Nacala-Porto, Hermenegilda Jacob, preferiu não comentar sobre o assunto, limitando-se a confirmar a detenção dos indivíduos e ressaltando que a situação está sob responsabilidade da Procuradoria da República.
“Esse tema está acima do nosso alcance, agentes da SERNIC de Maputo vieram para esta operação em Nacala, mas não foram os agentes locais que fizeram as prisões. Eles chegaram com ordens de prisão e eu não sabia quantas pessoas seriam detidas, nem tinha conhecimento da lista de alvos ou se conseguiram prender todos da lista. Após deter os suspeitos, eles não os colocaram em nossas celas, levaram-nos directamente para a penitenciaria”, relatou.
Na Procuradoria em Nacala recebemos a mesma resposta, porém foi solicitado que nos dirigíssemos à delegação Provincial, onde o porta-voz Valdemiro Manuel nos orientou a aguardar por informações oficiais.
Segundo informações recebidas por meio de um comunicado, as prisões são efectuadas ao abrigo do processo número 3/GCCCOT/2022, onde um total de 40 cidadãos, tanto nacionais quanto estrangeiros, juntamente com 15 empresas, foram tornados arguidos, com suspeitas, entre outros, de cometer crimes como: Lavagem de Dinheiro; Falsificação de Documentos; Sonegação Fiscal; Quebra de Confiança Fiscal; Participação em Associação Criminosa e Utilização de Documento Falso.
A maneira de agir dos acusados envolvia criar empresas fictícias que eram usadas para transferir dinheiro para o exterior, com origem em fundos ilegais e, em alguns casos, de fontes desconhecidas.
Por exemplo, no período de 2019 a 2023, os réus do referido processo, realizaram ilegalmente a exportação de aproximadamente USD 330.241.242,39 (trezentos e trinta milhões, duzentos e quarenta e um mil, duzentos e quarenta e dois dólares e trinta e nove centavos), equivalente a 21.135.439.512,96 MT (vinte e um mil milhões, cento e trinta e cinco milhões, quatrocentos e trinta e nove mil, quinhentos e doze meticais e noventa e seis centavos).
No mesmo documento, a Procuradoria refere que Para lograr os seus intentos, em colaboração com alguns despachantes aduaneiros e certos colaboradores dos bancos, estes falsificam os Termos de Intermediação Bancária e os Processos de Desembaraço Aduaneiro que as usavam para exportação de capitais, sob pretexto de importação de mercadorias em diversos países, principalmente os considerados paraísos fiscais. Nélia Cornélio
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