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Em quebra de “juramento”: Polícia alveja quatro manifestantes no último dia da “revolução nacional” em Nampula
A Polícia da República de Moçambique (PRM) alvejou quatro supostos membros do partido PODEMOS, na passada Sexta-feira (25.10), na tentativa de reprimir os manifestantes que observavam o seu último dia da chamada “revolução nacional”, na cidade de Nampula.
O facto ocorreu pelas 14 horas, horário marcado para a marcha, há 50 metros da rotunda do Aeroporto Internacional de Nampula. Os quatro membros do PODEMOS, segundo apuramos fontes do partido teriam sido alvejados com balas de borrachas e contraíram ferimentos graves e ligeiros, sendo que dois foram evacuados para o Hospital Central de Nampula.
Segundo o presidente da Liga da Juventude do PODEMOS, Velasco José, o Comando da Polícia teve conhecimento da marcha, tendo a mesma enviado uma equipa para a cobertura policial, mas sucedeu, porém, outra equipa de controlo acabou, estranhamente, intervindo e interditando a marcha.
E por desacato da ordem, por parte dos manifestantes que alegadamente haviam sido autorizadas e a polícia se predispôs a oferecer protecção, a nova equipe da Polícia lançou indiscriminadamente gás lacrimogéneo e disparou balas reais e de borracha contra os membros.
“ O que aconteceu hoje, como testemunhamos como partido, é nos empurrar para um Estado de monarquia. Acordamos como um dia normal para cumprir a nossa agenda nacional. Fomos nos concentrar na rotunda do Aeroporto, entregamos o itinerário a Polícia, e chegada hora combinada, neste caso quando às 14 horas, começamos com a marcha, mas surpreendentemente, não passámos 50 metros, ouvimos a Polícia a disparar sem nenhum motivo, sem nenhuma explicação, e foi assim como terminou a nossa marcha na cidade de Nampula”, disse.
Velasco, que lamentou a situação, diz-se indignado com o comportamento da Polícia da República de Moçambique, pelo facto deste os ter “traído”.
“Nós gostaríamos de perguntar ao comandante provincial se tem dois comandos que coordenam com a Polícia da República de Moçambique, porque a outra dizia nós poderíamos marchar pacificamente, mas outra aparece com outra viatura a disparar e até neste momento não conseguimos compreender. Temos 4 feridos em resultado deste incidente”.
Testemunhas oculares do incidente, confirmaram o sucedido ao Rigor. Vijai Daniel, vigilante de um dos estabelecimentos comerciais localizados nas imediações em que ocorreram os tiroteios, lamentou o comportamento de alguns jovens, que os considerou de agitadores, mas também lamentou a atitude dos agentes da Polícia que, no lugar de criar harmonia, contribuíram para violência.
“Os homens vieram e se reuniram ali na rotunda, sempre como tem feito quando querem marchar, e depois começaram a marchar em direcção da padaria Nampula e antes de passar na Ponte foram interpeladas pela PRM; houve disparos de gás lacrimogéneo e os homens fugiram e não houve mais marcha”.
As autoridades policiais ainda não vieram publicamente pronunciar-se sobre este incidente. Lembre que PRM nesta circunscrição geográfica garantirá moderar as suas acções, sendo mais persuasiva. Vânia Jacinto
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