Connect with us

Uncategorized

Crise de higiene pública toma conta do mercado grossista de Waresta

Publicado há

aos

Os responsáveis do mercado responsabilizam comerciantes pela imundice por barrarem limpeza por parte do CMCN

As condições de higiene do mercado grossista de Waresta, na cidade de Nampula, o maior da província, estão extremamente precárias, com as actividades comerciais decorrendo em ambiente de imundice.
Segundo soubemos, a higiene do mercado já estava comprometida desde o ano passado, após ter enfrentado quase todo o período de manifestações sem a remoção de lixo, em razão da restrição imposta a equipe do Conselho Municipal pelos vendedores do mercado.
Devido às chuvas que ocorrerem desde o mês de Janeiro, a condição de higiene se agravou, resultando na formação de diversas poças acumulando água.
Ao chegar ao mercado, a primeira impressão é o odor forte que se pode sentir no ar, seguido pela necessidade de contornar o lixo humido enquanto se procura por produtos. Alguns produtos, que deveriam ser limpos antes da venda, são lavados por alguns compradores em água parada, claramente contaminada, representando um risco à saúde pública.
Tanto os comerciantes quanto os vendedores entrevistados por Rigor no local estão cientes de que a falta de higiene é prejudicial à saúde, mas alegam não ter alternativas à vista.
Rachide Alcide, um dos comerciantes ouvidos pela reportagem do Rigor no Mercado Waresta, relatou que não havia outra opção a não ser aguentar, mesmo ciente de que a exposição à sujeira representa um risco à saúde pública.
“Olhe só para a nossa situação, pois achamos não haver alternativa para conseguir o sustento, e por isso continuamos nesta cidade. As instituições (Conselho Municipal) têm o dever de tratar dessa questão. É incrível a quantidade de lixo que produzimos e que estamos vendendo todos os dias aqui”, comentou Rachide Alcide.
Osvaldo Marques, outro comerciante, afirmou que também está fatigado da sujeira ao seu redor, porém, segundo ele, essa é a única opção para viver com dignidade.
“Eu não me sinto bem por causa desta água aqui; ela está muito contaminada e pode causar doenças. Mas, como não temos outra opção, vamos ter que continuar usando”, comentou Marque.


Outro comerciante de artigos escolares, que preferiu permanecer anónimo, solicitou às autoridades locais que tomassem providências para resolver o problema, melhorando os procedimentos de limpeza e as condições de higiene do mercado.
“Estamos solicitando ao Conselho Municipal que resolva esta situação, pois a água está cheia de bichos visíveis e outros que não conseguimos ver, mas que também estão aqui. Assim, peço a quem é de direito coloque areia e cubra este local para podermos respirar ar limpo, já que aqui encontramos o que comer, acabamos nos adaptando a tudo”, comentou o vendedor.
A senhorita Ludmila Alferes, abordada pela reportagem do Rigor durante as suas compras, expressou preocupação com a falta de limpeza no mercado. Entretanto, ela afirmou que não tinha outra opção a não ser fazer as suas compras no mercado, pois era o único lugar que oferecia todos os produtos que precisava, mesmo reconhecendo que a qualidade de conservação não atendia aos padrões de saúde pública.
“É desagradável para qualquer um ter que fazer compras ao lado de sujidade. Seria óptimo se o governo pudesse intervir para melhorar essa situação, beneficiando tanto os comerciantes quanto os consumidores”, afirmou Ludmila Alferes.
O chefe do Mercado Waresta, Santos Silva João, comentou que a sujeira presente no maior mercado se deve, em parte, aos próprios comerciantes, que impedem qualquer tipo de intervenção por parte do Conselho Municipal.
“É uma situação bastante complexa, como você pode notar. A revolta da população saiu do controle, proibindo áreas quando desejamos limpar, barrando a nossa saída. Contudo, acredito que, com o empenho do Conselho Municipal, o presidente está se esforçando ao máximo. Se você observar o que está acontecendo do lado de fora, verá que muito lixo foi removido; restou apenas uma pequena quantidade que permanece. Ele se comprometeu a tomar todas as medidas necessárias para implantar máquinas permanentes, por reconhecer que o mercado do Waresta acumula uma grande quantidade de lixo, sendo este o local que concentra os produtos colocados noutros mercados, o que faz com que outros mercados recebam produtos contaminados.” afirmou Santos Silva João. Joaquim Basilío e Redacção

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Mais Lidas