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Condutores de chapa 100 desafiam autoridades com encurtamento
Com um total de 40 agentes da polícia Municipal actuando em locais estratégicos da cidade de Nampula, os condutores de semi-colectivos de passageiro conhecidos como “chapa 100” continuam optando por encurtamento na área urbana.
Na cidade de Nampula, parece que os motoristas de veículos colectivos são mais astutos do que os fiscais. A Autarquia local aumentou o número de agentes de fiscalização em 40, com o objectivo de acabar com o problema do encurtamento de rotas, que no passado resultou em falhas devido à persistência dos motoristas em desviar.
Com barbas brancas, essa rotina ocorre tanto de manhã cedo quanto no final do dia, devido ao aumento no número de pessoas que estão indo ou voltando para casa.
Um dos locais mais problemáticos é o trajecto entre a Waresta e Mutava Rex, passando pela Avenida do trabalho, uma situação extremamente desagradável onde os passageiros chegam a aguardar por duas horas, e ainda correm o risco de não alcançar seu destino ou até mesmo serem obrigados a pagar uma taxa acima da tarifa regular.
Gerson, um chapeiro que concordou em compartilhar sua opinião com a nossa equipe de reportagem sobre a questão do encurtamento de rotas, admitiu que os motoristas estão desviando as rotas estabelecidas, pois os veículos não lhes pertencem e precisam cumprir metas de ganhos estabelecidas pelos seus empregadores diariamente.
“ É um risco encurtar rotas no meio dos fiscais, mas devemos fazer, porquê os nossos patrões sempre nos pressionam a trazer dinheiro. Desviamos na Cipal, porque é difícil encontrar clientes da Cipal para Waresta, ou quando os clientes sobem, avisamos que vamos até um determinado ponto.” Explicou Gerson, acrescentado que “tem dias que somos encontrados a encurtar e somos multados, se você obedecer às regras dos fiscais, não tens receita para o patronato”.
“Transportar 16 passageiros até um terminal não é viável, além disso, o carro está com pouco combustível. Para chegar até o terminal de Muhala Expansão, nós gastamos 3 litros e sequer o dinheiro para combustível saiu do bolso”, relatou Elias Salvador, outro motorista.
Passageiros dos transportes públicos semi-colectivos em diferentes trajectos na cidade de Nampula, manifestam a sua insatisfação com os desafios que enfrentam, especialmente nos horários de pico, para chegar aos seus destinos.
O senhor Wilson vive na zona da faina e trabalha na zona da Rex, ao rigor contou que por dia chega a gastar 100 meticais para chegar ao seu local de trabalho.
“Muitas das vezes eles encurtam as rotas no período da tarde, porque acham que não podem fazer a rota. Isso prejudica-nos bastante”, disse o cidadão, para depois avançar que “isso prejudica os nossos bolsos.
Lídia Augusto, uma das nossas entrevistadas, denúncia que, recentemente, apanhou um “chapa-100” que alegou ter como destino Muhala Expansão, mas “o chapa terminou na Cipal e tive dificuldades em chegar ao meu destino”. Esta fonte diz estar agastada e pede que haja um trabalho árduo da parte do município, de modo a acabar com este fenómeno. Vânia Jacinto
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