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Nova Texmoque: Funcionários reclamam de abusos e falta de pagamento de salários

Funcionários da nova Texmoque, situada no bairro de Napipine, estão insatisfeitos com as condições de trabalho precárias, alegando supostos abusos e desrespeito aos direitos trabalhistas, além da falta de pagamento ao final de cada período de trabalho.
Na última Terça-feira, dia 21 de Abril, funcionários optaram por revelar a situação difícil que enfrentam no ambiente de trabalho. A atmosfera na Nova Texmoque era tensa.
É que a empresa Texmoque firmou contratos com artesãos locais para confeccionar uniformes escolares em um prazo de três meses. Segundo o contrato, os trabalhadores devem costurar diariamente 26 camisas ou 40 saias. Eles são divididos em dois turnos: o primeiro começa às 7h e termina às 17h, enquanto o segundo começa às 20h e termina às 7h do dia seguinte. O salário mensal é de quatro mil meticais, condicionado à produção de mais de 500 peças. Cada trabalhador precisa produzir cerca de 1500 unidades em 90 dias para receber 12 mil meticais, valor que a empresa se recusou a pagar, alegando que a meta não foi atingida. Esse foi o motivo principal do protesto na principal fábrica têxtil da região.
Um dos funcionários, falando anonimamente, mencionou que a empresa fornece linhas de costura e tecidos, mas as máquinas pertencem a eles. Além disso, ressaltou haver desconto no salário de quem falta um dia de trabalho.
Durante a semana, de segunda a Sexta-feira, uma costureira, Chica, nome fictício, se levanta às cinco da manhã para chegar pontualmente ao seu local de trabalho. O expediente começa às 7 horas da manhã e se encerra às 18 horas, com uma breve pausa de 30 minutos para almoço. Durante essas horas de trabalho, é necessário confeccionar 26 camisas de uniforme, o que acaba sendo um desafio para ela.
Contudo, os trabalhadores continuam enfrentando dificuldades, destacando que a situação da comida é lastimável. Durante o horário do almoço, além de sempre ter o mesmo menu de massa de milho e feijão, a quantidade servida é insuficiente para satisfazer a fome dos funcionários.
BL, um jovem alfaiate de 27 anos, expressou sua insatisfação com a baixa qualidade da comida que tem recebido, basicamente consistindo em chima de farinha e feijão, às vezes sem óleo vegetal, tomate, cebola e vegetais. Além disso, a quantidade fornecida tem sido insuficiente para atender às suas necessidades nutricionais.
“Comemos sempre o mesmo, chima e feijão, e ainda por cima porção pequena. Em algumas ocasiões, eles vendem a comida que nos dão. Essa situação tem causado problemas intestinais. Ao relatarmos aos donos, não apenas não recebemos assistência médica, como também somos demitidos injustamente e não recebemos compensação pelo tempo trabalhado. Somos forçados a aceitar tudo, como se fôssemos escravos em nosso próprio país, tudo em nome do emprego” revelou a fonte explicando que por aqueles razões e diversas outras, os operários da indústria têxtil decidiram entrar em greve.
A direcção da Nova Texmoque manteve silêncio, entretanto a interrupção ocorreu com a garantia de que a questão seria solucionada, ou seja, os colaboradores receberiam integralmente os pagamentos estipulados em seus contratos. Vânia Jacinto
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