Como é que a corrupção derrubou o Estado do campeão

Moçambique é um país extenso e com recursos naturais suficientes para gerar riqueza e suprir necessidades básicas da sua população. Porém, Moçambique é desafiado com ocorrências de eventos que implica na negativa no processo de Desenvolvimento, a dicotomia dos problemas estende-se desde, problemas de ordem natural: (vulnerabilidade geográfica, ocorrência de ciclones), e acções humanas: (Guerras, guerrilhas, conflitos de interesse, corrupção e gestão danosa de recursos naturais), o mais agravante dos problemas são os eventos climáticos e a ocorrência de cenário de vários tipos. Moçambique é o terceiro país africano mais vulnerável ao risco de catástrofes naturais. Entretanto, o conflito armado também é colocado na lista do dia, quando tenciona-se fazer uma radiografia sobre os desafios do país. Neste artigo tenciona-se discutir sobre um dos problemas mais caricatos (Corrupção), cuja solução requer apenas uma mudança de comportamento.

A corrupção, no entender de Andrade (2007) “é um fenómeno social, através do qual um funcionário público é levado a actuar contra as leis, normas e práticas implementadas, a fim de favorecer interesses particulares”. Nessa lógica, este conceito não vem à tona neste artigo, a intenção é direcionar a corrupção que se verifica na Função pública cujo prejuízo recai ao Estado como um todo. E, pedra a pedra, o Estado vai se desconstruindo, “é o país que vai para trás enquanto os filhos vão para frente” in Azagaia- vampiros. Um dos principais indicadores da exacerbada corrupção, é o nível de desigualdade social existente em Moçambique, num país onde a as oportunidades são restritas, exclusivamente para apelidos, fazendo assim de uns muito ricos e de outros muito pobres, o mais caricato ainda, são as assimetrias de desenvolvimento existentes numa altura em que o país procura aperfeiçoar o processo de descentralização como uma política de Desenvolvimento, porque os cargos as elites políticas são do mesmo berço e não há prestação de contas muito menos muito menos responsabilidade na gestão da coisa pública, a corrupção o abuso de poder, nepotismo são afilhados da corrupção que a cada dia só afunda o país. No entanto, a grande causa face a este cenário, é que a responsabilização por actos de corrupção só acontece a indivíduos sem apelidos delitos de ínfima vergadura onde o lesado e no máximo 2 a 5 indivíduos, enquanto os crimes (corruptivos) de maior prejuízo como o das Dívidas Ocultas (DO),o tratamento é acobertado sem a responsabilização dos danos causados, porque existem ou estão envolvidos, figuras, filhos, netos de uma elite intocável, mesmo diante a Lei o tratamento é horizontal, (para não dizer que estão acima lei).

O sistema de justiça mostra-se submissa no acto aplicação das leis, uma lei que favorece uns em detrimento dos outros é débil, por conta disso o espaço para a prática de corrupção está sedeada e consolidada. Isso faz com quem com a política de vulnerabilidade se instalasse em instituições públicas, outrossim verificado no privado, onde todo movimento é baseado em Sopinhas ou mesmo Refresco para uns que são mais modernos apelidam-no de Comissão, hoje em dia é muito comum a corrupção acontece desde a camada de alto escalão (Corrupção política), até a mais baixa (corrupção burocráticas), os ditos corrupção de tipo Tubarão e o tipo Magumba por Brazão Mazula in: SEMINÁRIO SOBRE TRANSPARÊNCIA NA FUNÇÃO PÚBLICA, o percurso indicador de actos de corrupção e gestão danosa da coisa pública verificou-se logo após da consolidação da independência em 1975, com forte incidência durante e depois da construção do Estado sob o regime socialista possibilitou na continuidade desse acto, passando assim a ser uma cultura de corrupção.

E, exemplos não são escassos, sobretudo agora o Estado do campeão está um caos, os desastres só tiveram pés para andar e para fazer parte das nossas instituições sociais, hoje em dia é do domínio público a consciência de que para ter os melhores serviços e atendimento de serviços públicos deves ter uma sopinha vulgo dinheiro de refresco e tratamos disso com maior normalidade, tanto para a corrupção activa, bem como a corrupção passiva tem em mente de que deve dar algo em troca para uma certa facilidade. Foi na vez do campeão que vimos a olho num o mais alto nível de corrupção, a olho num. Vimos fraudes que envolviam personalidades do panorama político de grande escalão, ferindo e prejudicando áreas sensíveis como as da Educação e Saúde, greves em sectores que nunca na história como país independente se tinha assistido. Então campeão Derrapamos? E a pedra a pedra mergulhada na Corrupção chegamos? Construímos o novo dia? Ou construímos e enriquecemos uma elite e um mesmo círculo com uma determinada cor!

Portanto, é imprescindível que os esforços para colmatar a corrupção que já virou uma cultura seja feita começando da base ou melhor, começar pelos tubarões (corrupção política), porque até mesmo o Gabinete de Combate a Corrupção apenas centra-se em combater casos que envolvem Magumbas, (corrupção burocrática), que o fogo seja debelado de cima para baixo, só assim podemos recuperar o Estado do Campeão que está aos escombros prestes a entrar na história dos países não-alinhados. Que a máquina governativa paute pela responsabilidade e transparência no âmbito de exercício das suas funções, reconhecendo as malícias do fenómeno de corrupção e seus impactos, oh cabrito que come onde está amarrado é hora de mudança ativa com vista a garantir que a riqueza seja distributiva.