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SOCIEDADE

Ambientalista alerta para extinção das acácias nas ruas por causa da urina

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O ambientalista moçambicano, Bartolomeu Romane adverte que Nampula pode enfrentar a extinção das acácias nas ruas e avenidas, caso os munícipes sigam utilizando as poucas árvores remanescentes para satisfazer as suas necessidades biológicas.

O defensor do meio ambiente expressa tristeza ao constatar que diversas pessoas tratam as acácias, que deveriam ser preservadas por todos, como se fossem sanitários públicos. Essa atitude pode resultar em um futuro no qual a cidade apresentem-se acácias.

, Bartolomeu Romane

“Isso terá um efeito prejudicial; algumas árvores já se perderão, há casos históricos de árvores que secaram devido à urina e há muros que foram danificados. Além das acácias, actualmente observamos muros, postes e estruturas de energia onde indivíduos se refugiam para satisfazer as suas necessidades biológicas, deixando indícios de degradação. Isso gera consequências desfavoráveis tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública”, afirma Bartolomeu Romane, ressaltando que a urina contém ácido úrico e sal, que podem causar o secar facilmente as plantas, obstruindo seu crescimento natural.

Conforme Bartolomeu Romane, a urina não apenas impacta as plantas, mas também os seres humanos, pois quando chove, essa urina se espalha pela água, a qual é utilizada para consumo humano. Isso, muitas vezes sem a consciência das pessoas, pode resultar na propagação de doenças devido ao esgoto a céu aberto.

“A urina não possui valor nutritivo para as plantas e pode danificar superfícies como paredes e metais, ao conter compostos salinos que afectam tudo que entra em contacto com ela. No contexto das plantas em Nampula, um exemplo são as acácias, que, ao serem expostas à urina, não crescem adequadamente. Isso é preocupante, pois a cidade necessita urgentemente de mais plantas de sombra, tendo em vista a carência dessas árvores em diversas avenidas e ruas”, comentou.

Bartolomeu Romane afirma que não apenas a urina causa a cequeira das plantas, mas também afecta a vida humana, pois as condições ambientes têm um grande impacto no oxigénio necessário para uma vida saudável. Adicionalmente, o ambientalista ressalta que durante a estação chuvosa, a urina actua como um agente que favorece a poluição da água consumida pelos humanos e utilizada em diversas actividades.

“A acumulação excessiva de urina tem um impacto na saúde das pessoas, pois gera um odor insuportável. Quando chove, essa água contaminada pode atingir outras fontes hídricas que consumimos, levando ao surgimento de doenças, constituindo uma forma directa de contaminação da água ou das pessoas”, afirmou.

Para lidar com essa questão, Bartolomeu Romane afirma que é essencial que os órgãos públicos locais dediquem esforços à criação de sanitários em áreas onde os cidadãos se veem forçados a utilizar as árvores ou paredes para satisfazer as suas necessidades, pois isso poderia piorar os problemas ambientais da cidade.

“Faço um apelo ao governo do Município da cidade de Nampula para começar a investir na construção de sanitários públicos, pois em várias avenidas não há aterros sanitários. Existem sanitários públicos que ainda não estão organizados, o Município deve tentar finalizar e além de isso, deve implantar mais sanitários públicos ao nível da cidade de Nampula para evitarmos ver munícipes ao lado de uma árvore ao lado de um muro a poluir. Apelar a qualquer um que no momento de aflição que arranje meios, temos alguns estabelecimentos que cheguem e peçam, essa é uma das maneiras de minimizar.” Losangela Mussa

 

 

 

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