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Wilson Nicaquela diz que Presidente da República pode ter razões secretas para comparar mogovolas a actos terroristas

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O analista Wilson Nicaquela afirma que o Presidente da República pode ter razões baseadas em diversas informações confidenciais que lhe são acessíveis, para estabelecer uma comparação entre o comportamento que se observa em Mogovolas e os eventos iniciais do terrorismo em Cabo Delgado.
Em uma entrevista cujo objectivo era analisar as declarações do Presidente durante uma cerimónia de graduação na Academia Militar em Nampula, ele destacou a importância de as Forças de Defesa e Segurança realizarem imediatamente um levantamento para esclarecer a situação da destruição massiva de infraestruturas públicas e privadas no distrito de Mogovolas, por alegada desinformação em relação à origem da cólera.
Nicaquela comentou que o pronunciamento do presidente pode ser resultado de uma análise preliminar da qual teve conhecimento.
“Ele como Chefe do Estado tem suas razões, e as mesmas podem estar alicerçadas nas informações classificadas, que recebe a partir dos Serviços de Informação e Segurança do Estado, que no meio de tanto comportamento de fúria, que caracteriza os cidadãos hoje, alguns mal intencionados se aproveitam disso, para fazer passar as suas acções de modo que sejam confundidas com as manifestações” começou por comentar Nicaquela.
Em sua fala, o analista ressalta a importância de não desconsiderar as informações e que aqueles responsáveis pela investigação façam o seu trabalho, pois, em Cabo Delgado, o fenómeno de terrorismo flagelou a partir da falta de atenção e, após diversos avisos.
“Digo isto porque o que foi sendo veiculado pelas diversas entidades que efectuaram estudos científicos, e jornalistas investigativos, revelava que o assunto de Cabo Delgado, ia se manifestando há algum tempo, mas era negligenciado, as pessoas não davam sentido. Se calhar, a fala do Presidente, pode ser um aspecto de que embora haja estas manifestações, mas existem outros comportamentos que estão associados, os quais precisam ser ponderados com base discurso do Presidente da República”.
Pelo facto de o Presidente da República ter proferido o tal discurso a partir de uma entidade militar, Wilson Nicaquela destacou que esse pronunciamento possui um significado muito mais profundo do que uma mera reportagem nos meios de comunicação.
Contudo, o especialista vê os actos de vandalismo em Mogovolas como uma real tentativa de reacção às acções das autoridades policiais.
“Em tempos de crise eleitoral como o que vivemos hoje, e porque os populares não conseguem atacar directamente algumas instituições, pode ser que os hospitais, onde estão muitos civis, por exemplo, acham ser alvo mais fraco, para onde a população descarrega a sua raiva. Então, eu olho a questão de Mogovolas, também nesta perspectiva”.
Segundo a nossa fonte, a situação em Mogovolas deve ser avaliada sob duas ópticas: por um lado, pode ser resultado de acções de alguns indivíduos em busca de espaço para a propagação do radicalismo, uma questão mencionada pelo Chefe de Estado; por outro, pode reflectir a insatisfação decorrente das suspeitas de fraude eleitoral que continuam sendo debatidas no Conselho Constitucional.
“Nesta perspectiva eu chamo a necessidade da educação, não a escolar, mas aquela que proporciona conhecimentos às comunidades, de uma forma permanente e não ocasionalmente ou extraordinariamente, porque por causa disto, e como o nível de ignorância foi sempre se perpetuando, e ineficácia do trabalho de educação para tornar as pessoas cada vez mais informadas e conhecedoras das causas da cólera, associado ao contexto em que o país passa, a crise pós-eleitoral, aqueles comportamentos que estavam latentes, encontram um espaço para serem manifestos” considerou. Celso Alfredo

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