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ELEIÇÕES GERAIS 2024

Venâncio desobedece Polícia e gera tumulto com incitação à violência em Nampula

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A cidade de Nampula registou momentos de turbulências, na manhã desta Quarta-feira, 16 de Outubro de 2024, resultando em interrupções na movimentação de veículos na urbe, devido ao confronto entre a Polícia e membros e simpatizantes do PODEMOS/CAD.

Tudo começou por volta das 8h20, quando Venâncio Mondlane, o candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS, chegou ao Aeroporto Internacional de Nampula para uma visita à província. Apercebendo-se da chegada do Candidato Presidencial, a Polícia, foi até  ao Aeroporto para assegurar sua protecção.

De acordo com a polícia, Venâncio Mondlane teria recusado a protecção oferecida. No entanto, ficou estabelecido que sua saída para o centro da cidade deveria ser feita com a presença dos agentes da polícia para evitar problemas de trânsito.  Apesar disso, Venâncio ignorou as instruções fornecidas e ainda instruiu seus seguidores a atacarem os agentes com pedras, o que resultou em confusão.

“A saída do Aeroporto [Venâncio Mondlane] foi tendo paragens ao longo da via para saudar a população e a polícia protegia, na medida que foi se movimentado para no interior da cidade começou a perturbar a normal circulação de pessoas e bens e a criar embaraço na via. Abordamos a comitiva que o acompanhava, em duas viaturas, no sentido de seguir o itinerário definido pela polícia”, conta o Director da Ordem e Segurança Públicas, Gilberto Inguane, que relata ter existido inicialmente, um entendimento quanto ao caminho a ser usado até o local desejado pelo candidato, neste caso, a Delegação do PODEMOS em Nampula.

“Sucede que quando foi avançando com a marcha, quero acreditar, se emocionou vendo avalanche de pessoas que o seguiam, decidiu ter de seguir uma rota contrária à indicada. A polícia orientou para não ser aquela rota que levava até Academia Militar, ele orientou a população a confrontar a polícia e a população começou a confrontar a polícia e alguns, recorrendo a pedras, e a polícia foi obrigada a usar métodos de dispersão e a partir daquele instante o mesmo seguiu a via que indicamos, mas arrastou as massas para o bairro chamado Matadouro e novamente a população veio contra a polícia e há relatos de queimas de pneus”, conta Gilberto Inguane.

Na sequência do caos instalado na cidade de Nampula, três pessoas ficaram feridas, tendo sido assistidas no Hospital Central de Nampula. Além dos feridos, a polícia prendeu quatro indivíduos no local do incidente.

Bernardo Custódio é um dos apoiantes de Venâncio Mondlane que sofreu ferimentos. Enquanto recebia atendimento no Hospital Central de Nampula, ele afirmou e citamos a seguir: “Fomos receber o presidente no aeroporto, quando passamos do Mercado Central, a polícia chega e fecha todas as ruas onde Venâncio queria passar para chegar a delegação, é quando seguimos pelo Jardim Parque, novamente a polícia passou a perseguir-nos, a marcha era pacífica porque nós fomos receber o nosso presidente, mas depois que seguimos pela via do Jardim Parque, a Polícia começou a disparar, fui baleado ambas as pernas.”

O segundo atingido, mesmo ferido, afirmou que estaria disposto a sacrificar a sua própria vida em prol de Venâncio Mondlane.

“Nós recebemos hoje o nosso presidente Venâncio Mondlane, chegados à zona do Matadouro a polícia começou a disparar, como podem ver este meu braço, está bala iria direito para o Venâncio Mondlane, eu defendo a ele, eu dei a minha vida para defender o nosso engenheiro, estamos a dizer que esta guerra está só a começar”, disse o ferido.

A Polícia, por outro lado, afirma não ter informações sobre os feridos, uma vez que não houve nenhum confronto. A actuação dos agentes da polícia visou restabelecer a ordem diante da situação em que se encontravam os membros de Venâncio Mondlane, os quais atacavam os agentes recorrendo a pedras. “Não há arma nenhuma que se atirou, no momento em que diziam que havia lá um agente da polícia, vou lhe dizer que não é verdade. Venâncio Mondlane, veio para uma visita, quando abordamos disse ser privada, a partir daquele instante o candidato mostrou que não tinha interesse em ter a protecção policial, de tal forma que não comunicou as autoridades”, disse o director da Ordem no Comando da Polícia da República de Moçambique, Gilberto Inguane

Na Terça-feira passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) intimou o candidato à presidência Venâncio Mondlane, sob a acusação de desobediência pública, desrespeito às instituições do Estado, incitação à violência e disseminação de informações falsas, devido a sua autoproclamação como vencedor e à incitação à usurpação ilegítima do poder. Vânia Jacinto e Losângela Mussa

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