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Tempestade DIKELEDI afecta mais de 39 mil pessoas em sua passagem devastadora a 14 distritos de Nampula

O ciclone tropical DIKELEDI, que atingiu os distritos de Mossuril, Ilha de Moçambique, Monapo, Mogincual, Liupo, Angoche, Larde, Nacala-Porto, Nacala-A-Velha, Larde, Memba, Moma, Muecate e a cidade de Nampula, na província de Nampula, resultou na morte de cinco indivíduos entre as 39.088 pessoas afectadas, o que representa mais de 8.992 famílias.
Conforme informações iniciais divulgadas em uma reunião do Comité Operativo de Emergência, realizada no início da noite desta Quarta-feira (15 Janeiro 2025), a província de Nampula registou igualmente quatro feridos, 6.089 residências com danos parciais e 2.903 com destruição.
Cinco óbitos foram registados, três aconteceram em Angoche, um em Mossuril e outro na cidade de Nampula. Os feridos ocorreram nos distritos de Mossuril, Angoche e Mogincual.
Um total de 41 unidades sanitárias, mais de 90 residências de trabalhadores do sector, 22 casas de culto e 35 instituições educacionais foram impactadas, o que deve afectar 2.562 alunos e 40 professores. Além disso, foram contabilizadas 127 áreas agrícolas prejudicadas.
A delegada do Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres Naturais, Anacleto Botão, informou que, em resposta à situação, foram registadas até o momento 722 pessoas em quatro centros de acolhimento, dos quais actualmente somente três estão em funcionamento e um já foi encerrado.
“Contamos com recursos para a prontidão, o qual são os comités, os meios de busca e salvamento, mensagens de alerta, os telefones que de alguma maneira lhes permitem alguma comunicação, como no caso actual, onde temos dificuldade de comunicação em alguns distritos. E como resposta para os distritos que nós prevíamos que fossem afectados, fizemos o pré-posicionamento de alguns bens alimentares e não alimentares” disse a delegada.
Em sua fala no evento, a presidente do INGD, Luísa Meque, que se encontra em Nampula, enfatizou a necessidade de acelerar a recolha de informações para possibilitar uma intervenção imediata em apoio às vítimas. Ela também ressaltou a importância da colaboração entre as equipes no processo de levantamento de dados e na assistência, para garantir que os diversos sectores possuam informações consistentes sobre o mesmo evento na mesma província, evitando assim que algumas áreas recebam múltiplas formas de apoio enquanto outras fiquem sem assistência.
Luísa Meque afirmou que uma das principais preocupações do sector é que a quantidade de residências que estão a sofrer danos, seja parcial ou total, está relacionada, em parte, aos materiais utilizados nas comunidades para a edificação das casas, neste caso adobe e/ou pau-a-pique, defendendo a adopção de novas técnicas de construção.
“As equipes estão a trabalhar nesse sentido de massificar esta técnica para que realmente as famílias possam ter acesso à cobertura das casas mais resistentes. É praticamente uma técnica conjunta, e achamos que pudéssemos trazer essa contribuição em termos de melhoramento, e vemos que com esta abordagem pode surtir efeito. É o exemplo das casas e infra-estrutura que nós estamos a ter como, por exemplo, as escolas construídas, que são resilientes, uma das escolas resilientes está a acomodar as pessoas na Ilha de Moçambique” concluiu Luísa Meque. Celso Alfredo
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