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Serviço de educação de Nampula é acusado de não pagar salários a 18 professores

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Dezoito (18) professores que ministram aulas em diferentes instituições de ensino na Cidade de Nampula, reclamam o atraso no pagamento de salários desde Novembro do ano passado. Eles apontam o Serviço de Educação, Juventude e Tecnologia de Nampula como corrupto, alegando haver facilitação de processos para regularização dos pagamentos em atraso.

Entre os 18 professores, 8 estão com seus processos parados desde 2021, quando foram aprovados em um concurso público. Devido a diversas situações, supostamente ligadas à corrupção no sector de Recursos Humanos, eles só começaram suas actividades em 2 de Novembro de 2023, mas até o momento não receberam seus salários.

“Inicialmente, foi lançado o concurso em Junho de 2021, com a selecção de 60 candidatos. Desses, 52 começaram a trabalhar em 17 de Junho de 2022. Infelizmente, os oito candidatos restantes daquele concurso de 2021 foram deixados de lado sem qualquer explicação. Recebemos uma nomeação provisória em 7 de Dezembro de 2022 e realizamos o cadastro biométrico em Maio de 2023. Recentemente, houve a integração dos candidatos de 2021 com os recém-contratados de 2023 pelo SDEJT-Nampula, resultando em um total de 18 professores, sendo 6 de inglês e 12 de outras áreas, distribuídos em diversas escolas na cidade de Nampula”.

Os professores reclamam de serem utilizados de forma arbitrária e ameaçados quando exigem o pagamento dos seus salários que estão atrasados há cinco meses, ou seja, desde Novembro de 2023.

Num comunicado, o grupo de docentes menciona que em Dezembro do ano passado, contactaram o Serviço Distrital de Educação de Nampula para obter informações sobre os seus salários. Foi informado que os pagamentos referentes a Novembro e Dezembro já haviam sido processados, aguardando apenas a disponibilidade financeira para serem realizados, o que, infelizmente, não se concretizou.

“No mês de Fevereiro de 2024, entramos em comunicação com o Serviço Distrital para questionar o motivo pelo qual não recebemos nossos salários, mesmo após 4 meses”

Conforme explicado pelos professores recentemente, o grupo é orientado para realizar um novo cadastro junto do Gabinete do Secretário de Estado na Província de Nampula, mas devido à grande corrupção existente, torna a actividade bastante desafiadora.

“No serviço de educação, identificamos um técnico que nega dar conformidade e domicílio bancário aos nossos processos. Segundo informações recolhidas, o referido técnico sempre tem feito assim para prejudicar colegas e, em troca, cobra valores monetários para o processo. Dada essa explicação, nós ficamos preocupados e entramos em contacto com a repartição de Recursos Humanos para a melhor explicação”.

Conforme relatado pelos docentes, “o departamento de Recursos Humanos nos direccionou de volta ao gabinete do Secretário de Estado para realizar um novo cadastro”. Segundo eles, o gabinete do Secretário de Estado destacou que a questão não estava relacionada ao cadastro biométrico, mas sim ao Serviço Distrital por não fornecer conformidade e domicílio bancário conforme necessário.

“Um dos nossos colegas que subornou acabou de receber dois meses de salário. No entanto, foi aconselhado pelo responsável de Recursos Humanos a manter em sigilo essa informação para o restante grupo”, afirmou um dos professores prejudicados em entrevista à nossa equipe.

Questionado acerca da situação de atraso no pagamento do grupo de 18 professores, e também das acusações de corrupção feitas pelos professores, o director do Serviço de Educação, Juventude e Tecnologia de Nampula afirmou não estar a par do assunto. Ele prometeu investigar a situação e, posteriormente, se manifestar sobre o caso. Raufa Faizal

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