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MISA diz que combater desinformação é salvar vidas
O MISA Moçambique diz que a tragédia no mar que resultou na morte de 98 cidadãos ao largo da Ilha de Moçambique foi causada pela falta de informações confiáveis por parte de várias entidades da sociedade, com maior responsabilidade os meios de comunicação Social.
Segundo um comunicado divulgado pelo MISA, na luta contra a desinformação, os meios de comunicação têm, especialmente, um dever maior para enfrentar a propagação de desinformação, o que implica que o Governo deve agir de forma proativa não só ao oferecer informações precisas de forma oportuna, mas também ao promover iniciativas eficazes de alfabetização digital para equipar os cidadãos, principalmente os menos instruídos, com habilidades que os ajudem a discernir entre factos e meros rumores.
“O combate à desinformação deve ser de todos, governo, media, sociedade civil, academia, instituições religiosas, entre outros extractos da sociedade. Não haverá media nem sociedade civil a triunfar no combate à desinformação enquanto o cidadão não muda como consome a informação, sendo crítico e a verificar tudo antes de partilhar”.
Segundo o MISA a tragédia da Ilha de Moçambique “é um chamamento para todos nestes tempos incertos que vivemos. Temos de travar esta luta já. De contrário, estaremos a encubar ainda mais tragédias que um dia a desinformação irá desenterrar. Como prova o caso da Ilha de Moçambique, combater a desinformação não é apenas um exercício para garantir informação de qualidade. É, também, uma forma de salvar vidas”.
“MISA Moçambique diz que combater a desinformação é salvar vidas” reforçando com o facto de ter tomado conhecimento de que a desinformação foi instrumental para a ocorrência que ceifou a vida de dezenas de concidadãos, na sua maioria mulheres e crianças.
O MISA lembra que a desinformação sobre a cólera é um problema antigo, em Moçambique, particularmente nas regiões Centro e Norte. “São vários casos em que lideranças locais e técnicos da saúde chegam a ser atacados por populares porque acusados de serem responsáveis pela distribuição de cólera, uma manipulação baseada no nome “cloro”, como é designado o produto distribuído pelas autoridades, nas comunidades, exactamente para purificar água e evitar doenças como a cólera. Infelizmente, a desinformação sobre a doença não tem encontrado uma solução à altura da sua gravidade. O acontecimento do último Domingo, na Ilha de Moçambique, vem mostrar como este fenómeno, cada vez mais presente nos dias actuais, tem consequências nefastas para a vida em sociedade”.
No comunicado, o MISA Moçambique exige a responsabilização dos que violaram ou deixaram de desempenhar o seu papel, incluindo as autoridades governamentais, para que tal ocorre-se.
Ao mesmo tempo, a organização reafirma o seu entendimento de que combater a propaganda enganosa e desinformação, seja no mundo digital e não só, é uma das maiores responsabilidades de todos, neste era “pós-verdade” onde as pessoas pouco se preocupam com informação factual, valorizando, pelo contrário, suas próprias crenças. Trata-se, pois, de prestar um serviço público por excelência, porquanto informação de qualidade é poder.
“Esta é a razão por que, nos últimos anos, o MISA tem estado a trabalhar na promoção do acesso à informação de qualidade, incluindo através de iniciativas de combate à desinformação, por via da disciplina de verificação de factos. Foi neste contexto que, durante a pandemia da Covid-19, o MISA lançou uma unidade de verificação de factos, o MISA Check, que serviu para combater a desinformação que acompanhou aquela que foi uma das maiores pandemias na história da Humanidade. Face à desinformação sobre as vacinas, por exemplo, era preciso disponibilizar informação credível contra várias narrativas, algumas que apelavam aos cidadãos a não aceitarem a vacinação por, alegadamente, ser prejudicial à saúde humana”.
CESC APELA O GOVERNO A APURAR AS RESPONSABILIDADES
O Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC) apela ao governo Moçambicano no sentido de trabalhar para apurar as responsabilidades do acidente marítimo que vitimou 98 pessoas ao largo da Ilha de Moçambique.
O CESC quer que o Governo assegure que este tipo de acidente não se repita nem na Ilha de Moçambique, nem em nenhum outro lugar do país.
“Preocupa-nos o facto de uma embarcação de pesca com capacidade para 13 pessoas ter seguido viagem com 130 pessoas a bordo, sem o conhecimento ou interpelação das autoridades marítimas”. Redacção
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