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Profissionais de saúde do Centro de Saúde 25 de Setembro em Nampula não atendem paciente em reivindicação ao 13º salário

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Os profissionais de saúde vinculados ao Centro de Saúde 25 de Setembro, uma das unidades sanitárias mais frequentadas da cidade de Nampula, não estão a atender os pacientes devido às reivindicações pelo 13º salário.
De acordo com informações recolhidas, embora aparente ter as portas abertas, os pacientes que se dirigem aquela unidade sanitária, estão sendo forçados a voltar para casa sem receber atendimento, situação que se arrasta desde a semana passada.
Conforme relatos de vários pacientes e seus acompanhantes entrevistados pela nossa equipe de reportagem, mesmo com o Centro de Saúde 25 de Setembro fora de operação, eles continuam aguardando, sentados, na esperança de que as suas condições de saúde sejam atendidas.
“Estou acompanhando minha irmã, que está doente desde ontem. Ao chegarmos aqui, os médicos informaram que teríamos que ir para casa, por estarem em greve e não estão atendendo. Como não temos outra alternativa, permanecemos aqui aguardando para ver se minha irmã será atendida antes que a sua condição se agrave”, revelou a dona Maria Celestino, que apelou ao governo para encontrar uma solução para a situação enfrentada pelos profissionais de saúde, buscando resolver os problemas nos hospitais. No referido Centro de Saúde, diariamente, inúmeras pessoas buscam assistência médica e permanecem aguardando até às 15 horas, sem obter nenhuma resposta.
Juma Mucanheia não obteve atendimento para a sua esposa no Centro de Saúde 25 de Setembro, mesmo após ter percorrido uma longa distância a pé até o local.
“A condição actual é um tanto difícil. As pessoas que estão aqui (enfermeiros e médicos) afirmam que não estão atendendo ninguém desde a manhã. Entrei em um dos gabinetes e, ao solicitar que atendessem, me informaram que não estavam com atendimento aberto. Perguntei quem eram as pessoas que estavam sendo atendidas e recebendo receitas, caso eles estivessem em greve”, perguntou João Mucanheia, prosseguindo:
“Quando tentei, insistentemente, que fizessem uma análise médica na minha esposa, entregaram-me os materiais e solicitaram que eu realizasse o procedimento por conta própria. Ao informar que não possuía a formação necessária para tal, a pessoa presente afirmou que, se eu desejasse, poderia queimar o hospital. Reforcei que apenas buscava a ajuda dos profissionais de saúde para o tratamento da minha esposa, que se encontrava doente”, relatou, mostrando-se claramente irritado.
Entretanto, o entrevistado menciona que, ao invés de mantê-las abertas, seria melhor fechar as portas para evitar a necessidade de eludir os pacientes.
“Desde Quinta-feira estou com febre. Saí de casa às seis da manhã para a Namiepe e fui informado de que não havia expediente. Ao chegar, deparei-me com as pessoas saindo, e viemos em grupo. Aqui, também encontramos a situação de inactividade; alguns dos que vieram comigo já desistiram, enquanto outros se dirigiram ao Hospital Central. Eu ainda permaneço aqui aguardando. Se a situação persistir até às 15 horas, voltarei para casa mesmo assim,” relatou Maiza Ussene, uma jovem residente na área do Condomínio, no bairro de Mutava-Rex.

Contudo, a nossa reportagem não conseguiu realizar uma entrevista com a administração do Centro de Saúde 25 de Setembro. Entretanto, apuramos que a maioria dos pacientes que não estão recebendo atendimento no Centro de Saúde 25 de Setembro, tem procurado o Hospital Central de Nampula, que é o único a oferecer serviços, neste momento.
“Recebi um bom atendimento aqui (no HCN), a criança que estou acompanhando já está na sala de observação. Todos os enfermeiros, como você pode notar, estão atarefados, cada um desempenhando as suas funções de maneira quase habitual, e isso merece reconhecimento,” observou Fátima Riessa, demonstrando satisfação pelo atendimento no Hospital Central de Nampula. Contudo, ela apelou para que os centros de saúde adoptassem o modelo do Hospital Central de Nampula. Celso Alfredo

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