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ECONOMIA

Professores anunciam boicote no terceiro trimestre em protesto por horas extras não pagas

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A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO), acaba de anunciar a possibilidade de interromper o início das aulas do terceiro trimestre de 2024 se os professores moçambicanos não receberem o pagamento das horas extras em atraso.

Conforme afirmou o Vice-presidente da organização, Marcos Mulima, além de suspender as actividades escolares, a ANAPRO também irá accionar judicialmente o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano devido a essa situação.

“Nós temos que mostrar à sociedade que conseguimos educar o governo. Me parece que a nossa   paciência mostra que somos educados, diferente dos outros que são tão violentos, preferem paralisar, matar as pessoas, nós damos espaços ao governo, mas se isto não acontecer, nós vamos submeter o processo. Enquanto corre o processo, nós vamos tomar medidas extremamente trágicas que podem coordenar com a paralisação das aulas caso o governo, o parlamento e o tribunal não respondam”.

De acordo com Mulima, a partir do momento em que a Associação Nacional dos Professores começou a fazer reivindicações, o Governo tem adoptado a estratégia de simular que os pagamentos de horas extras estão sendo realizados em algumas escolas, com o objectivo de acalmar a situação e manter a esperança nos professores, mas isso não se concretiza.

Sem calcular o valor exacto que o Governo deve aos professores, destaca que já se passaram 18 meses desde que as horas extras não são devidamente remuneradas. Ele diz que a postura negligente da Ministra Carmelita Namashulua terá um impacto negativo no sector educacional, pois nenhum professor estará disposto a leccionar no terceiro trimestre sem o devido pagamento pelas horas extras.

“A dívida de 2023 ainda não mexeram, devem todo o país, 2024 devem de Fevereiro até Julho, então falamos de 11 meses de 2023, mais os 7 meses de 2024. Estamos a falar de 18 meses.”

Por outro lado, o Vice-Presidente da ANAPRO denunciou uma alegada onda de perseguição, tendo aumentado o nível de hostilidade contra os membros da sua organização por parte do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano em coordenação com a Organização Nacional dos Professores (ONP). Contudo, Marcos Mulima assegura que a Associação não irá ceder e seguirá trabalhando na protecção dos interesses de seus filiados.

“São colegas que são transferidos compulsivamente, colegas que até são ameaçados de perda de emprego por pertencerem à ANAPRO e muita coisa. A quem, como diz para eles pertencer a ANAPRO a nova associação que luta pelos direitos da classe é pertencer a um grupo de vândalos, porque todos, segundo o governo, temos que pertencer a ONP. A ONP é aquela organização que não faz o trabalho daquilo que nós pretendemos, mas que faz  trabalho partidário nas instituições de educação.” Vânia Jacinto

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