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ECONOMIA

Professor luta há 2 anos por pagamento de salário e retroactivos em Meconta

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Alberto Natália, professor do Ensino secundário, afecto na Escola secundária de Corane, situada no distrito de Meconta, afirma que está numa batalha sem sucesso há cerca de 2 anos,  luta para o pagamento de salário de Dezembro de 2022 e os devidos retroactivos relacionados à mudança de carreira e à nomeação em comissão de serviços.

Segundo a denúncia do professor recebida pelo jornal rigor, as autoridades do sector de educação no distrito de Meconta afirmam que o salário foi congelado porque ele não realizou a prova de vida, que normalmente para Alberto Natália ocorre em Novembro de todos os anos, coincidindo com o mês de seu aniversário. No entanto, o professor contesta essa justificativa, afirmando que a prova de vida em questão foi de facto realizada em Novembro de 2022.

Contudo, o professor denúncia o serviço de Educação, Juventude e Tecnologia de Meconta, mencionando o responsáveis pelos Recursos Humanos, Antônio Carlos, e o chefe da repartição da Administração Pública, Abu Aly Canji, por apropriarem indevidamente do seu salário e retroactivos, totalizando mais de 80 mil meticais. Essa acusação é fundamentada no facto de que ele realizou a prova e possui um documento comprovando que o valor teria sido depositado na conta da Escola Secundária de Corane, sendo posteriormente beneficiado a estes.

“Faço a prova de vida em Novembro, então no dia 4 de Novembro de 2022, dirigi-me ao edifício do Secretário do Estado em Nampula para realizar o procedimento, mesmo que o costume seja fazer isso no sector de Recursos Humanos, onde trabalho. Devido às dificuldades de transporte, optei por ir até a cidade. A validação da prova de vida foi feita documentalmente e, após deixar meus documentos, voltei para casa. Com a experiência de colegas que fizeram o mesmo sem problemas, fiquei tranquilo em relação ao meu salário do mês seguinte”.

Alberto Natália prossegue: “Quando entrou o salário para todos, verifiquei minha conta e percebi que algo estava errado. Dirigi-me ao serviço de educação para obter esclarecimentos e então fui informado de que não havia realizado a prova de vida, pois quem faz essa prova precisa assinar lá” relata a vítima.

Ele disse que, após se sentir prejudicado e enganado, solicitou a impressão da folha de salário, tendo sido negado, com as alegações de que não poderiam emiti-lo porque o seu salário não estava disponível. Posteriormente, foi orientado a enviar uma carta ao administrador do distrito, informando que não recebeu seu salário devido a não ter realizado a prova de vida e que deveria aguardar o pagamento, pois estava no prazo estabelecido.

“Esse valor foi depositado na conta bancária da Escola, pois essa conta é administrada por eles. Na província, Meconta é o único distrito responsável por processar os salários das instituições. Nos serviços distritais de educação, os outros distritos descentralizaram o poder. Se o dinheiro não fosse depositado na minha conta, eles poderiam ter emitido um cheque assim que fossem informados, sem a necessidade de mais nenhuma acção adicional”.

No entanto, investigações realizadas pelo Rigor junto do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de Meconta, indicam que o valor nunca foi depositado na conta da Escola onde o professor trabalha, nem na direcção da educação, conforme alega Alberto Natália.

O chefe da repartição de Administração Pública, Abu Aly Canji, afirmou ao Rigor que conhece o caso desde Dezembro de 2022, mas negou que o salário tenha sido depositado na conta da instituição, ao argumentar que o pagamento é feito pelo tesouro.

“Ele não fez a prova de vida e acabou perdendo o pagamento referente a Dezembro de 2022. Após reportar o caso, solicitamos o processamento da folha de pagamento para o dinheiro ser disponibilizado, no entanto, ainda não está disponível. A situação do professor está em andamento, aguardando a resolução por parte das finanças”, anotou.

“Se este colega me acusa, está acusando o chefe da repartição de Recursos Humanos, ele pode ter motivos para acusar, mas que apresente as evidências. Não é correcto dizer que o dinheiro vai directamente para o Serviço. O pagamento dos salários é feito pelo tesouro, vai directamente na conta do funcionário. Em nenhum momento os pagamentos são feitos directamente para a conta do Serviço, se ele está afirmando isso, está a mentir.” afirmou Abu Ali Canji, chefe da Repartição de Administração Pública no Serviço de Educação, Juventude e Tecnologia de Meconta.

O chefe do serviço de Recursos Humanos no Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de Meconta, Antônio Carlos, foi sucinto, apenas assegurando que existe um esforço em andamento para garantir que o salário do mês de Dezembro de 2022 seja pago. No entanto, não fez promessas sobre os retroactivos, ao reconhecer que é uma questão complexa que afecta muitos outros funcionários. Vânia Jacinto

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