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SOCIEDADE

Pescadores da Ilha de Moçambique desafiam autoridades e ignoram regras de segurança em alto-mar 

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Os pescadores da Ilha de Moçambique estão aproveitando a falta de fiscalização por parte das autoridades marítimas, para se aventurarem  no alto-mar sem seguir todas as normas de segurança marítima.

A Administradora Marítima da Ilha de Moçambique, Fahara Luís Faquira Sefo, nos informou que os pescadores navegam sem coletes salva-vidas, aproveitando da escassez de pessoal para a fiscalização marítima na região.

Actualmente, a Administração Marítima da Ilha de Moçambique possui um quadro de 16 colaboradores, um número considerado inadequado para atender às demandas de fiscalização, especialmente devido à elevada actividade pesqueira que ocorre na região.

Entretanto, a Administração Marítima da Ilha de Moçambique, não está de mãos cruzadas, colabora com os Conselhos Comunitários de Pesca e a Polícia Costeira Lacustre Fluvial para atender às necessidades de fiscalização marítima. No entanto, Fahara Luis Faquira Sefo afirma que, mesmo assim, ainda existem casos em que pescadores saem para o mar sem segurança.

“Temos 16 funcionários e nossa zona é vasta, não conseguimos fiscalizar todas as áreas. Os pescadores aproveitam-se da nossa ausência e vão ao mar, sem qualquer tipo de segurança. O número de fiscais não é suficiente, é por isso que trabalhamos com o Conselho Comunitário de Pesca e a Polícia Costeira Lacustre Fluvial. Diariamente escalamos três fiscais,  um membros proveniente dos Conselhos Comunitários de Pesca, um da Polícia Costeira Lacustre Fluvial e um funcionário da Administração Marítima, mas onde poderiam estar quatro, devido à escassez de pessoal, estão dois”, disse.

A administradora Marítima da Ilha de Moçambique, informou que, após o naufrágio ocorrido em Abril deste ano, vitimando aproximadamente cem pessoas, no Largo da Ilha, a instituição forneceu coletes salva-vidas aos pescadores como forma de prevenção de futuros casos de incidentes no mar.

“Depois daquele naufrágio, a nossa instituição angariou tantos coletes que distribuí para as embarcações de passageiros e de carga”, disse explicando que outra actividade que tem sido recorrente, nos últimos temos, são palestras que decorrem em zonas de embarque e desembarque de barcos, tudo na perspectiva de sensibilizar aos pescadores e marinheiros sobre a tomada de medida de segurança.

“Sensibilizamos aqueles que pescam para comprarem coletes, para que caso haja um naufrágio, não perdermos muitas vidas. Há pescadores que vão ao mar sem coletes, neste momento sensibilizamos, mas achamos que deve haver um tempo em que multamos.”

A Administração Marítima da Ilha de Moçambique possui duas embarcações dedicadas a operações de busca e salvamento, utilizadas para garantir a segurança das águas ao redor da ilha, conforme informou Fahara Luis Faquira Sefo. Losângela Mussa

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