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POLÍTICA

MDM critica ausências de inclusão política e de estratégia contra a corrupção no discurso inaugural de Chapo

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O Movimento Democrático de Moçambique afirma que no discurso inaugural de Daniel Francisco Chapo não foram abordados elementos importantes sobre a inclusão política, económica e social nas negociações para resolver a crise decorrente das eleições, assim como a ausência de estratégias definidas para o combate à corrupção.
O porta-voz do partido, Ismael Nhacucué, ressalta que a reconciliação entre os cidadãos moçambicanos e a superação da instabilidade política são fundamentais para uma governação eficiente no país. Portanto, segundo o MDM, era importante que o novo presidente abordasse esse tema no seu discurso.
“Vai ser muito complicado para o presidente Chapo, sem essa inclusão, sem essa abertura ao diálogo político, não basta só falar, deve apresentar com factos essa questão da inclusão. A inclusão política, a inclusão social e a inclusão económica são factores dinamizadores de um processo de reconciliação e paz que Moçambique precisa. Portanto, se isso não acontecer, todo esforço deste executivo poderá não surtir o efeito desejado”, disse o porta-voz do MDM, apontando a importância da inclusão.
Apesar do MDM louvar o discurso sobre corrupção, o partido liderado por Lutero Simango considera essa retórica carente de substância, pois não apresenta planos específicos sobre como o governo pretende enfrentar a problemática da corrupção, que é motivo de apreensão para todos os moçambicanos.
“A corrupção é um dos grandes desafios que o país tem, enquanto a maioria dos corruptos desse país são quadros da Frelimo, e por aí esse será um dos grandes desafios que o novo Executivo terá no sentido de estancar essa onda de corrupção enraizada na administração pública, tanto o presidente não falou muito sobre isso, peso embora tenha dito que vai fazer esse combate à corrupção”.
Ismael Nhacucué mencionou que a extinção do cargo de vice-ministros é uma decisão positiva, mas na visão do MDM, isso pode não resultar em economia significativa para o Estado, uma vez que a existência do cargo de secretário de estado na província, se mantida, poderia continuar a gerar custos elevados.
Além disso, o porta-voz afirmou que seu partido esperava que o novo governo restabelecesse a plena independência dos tribunais e que houvesse uma diminuição dos poderes do presidente.
“Era nossa expectativa que o Presidente da República limitasse seus poderes em relação à nomeação de diversos órgãos, como a Procuradoria e a Magistratura Judicial, permitindo que os próprios magistrados, do Ministério Público e da Magistratura escolhessem seus líderes. No entanto, o presidente não tocou nesse assunto. Pensávamos que ele abordaria a diminuição dos poderes do chefe de Estado, que também é o líder do governo e comandante das Forças, mas nada foi mencionado a respeito. Fica a expectativa para o futuro; o Presidente mencionou a necessidade de uma revisão constitucional e esperamos que, nesse processo, essas questões sejam debatidas”. Vânia Jacinto

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