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Marchal propõe criação de comissão de verdade e reconciliação para curar feridas e restaurar a paz em Moçambique

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Enquanto Wilson Nicaquela defende a criação de uma comissão voltada para a verdadeira reconciliação, com o foco na superação dos acontecimentos que ocorreram após as eleições de 9 de Outubro, o académico Marchal Manufredo argumenta que essa comissão deve ser composta por representantes do Partido FRELIMO e do Partido PODEMOS, visando curar as feridas criadas pelas manifestações e restaurar a paz em Moçambique.

Para Marchal Manufredo, a formação dessa comissão representaria um reconhecimento, tanto pelo partido FRELIMO quanto pelo Podemos, que apoia Venâncio Mondlane, de que ambos os lados cometeram erros nas suas decisões, os quais contribuíram para a instabilidade do país.

Segundo Marchal, a FRELIMO é criticada, em parte, pelas eleições que apresentaram sérios indícios de fraude e pelas mortes de pessoas inocentes. Igualmente segundo ele, é preciso reconhecer que as tácticas adoptadas nas manifestações não foram adequadas e que nem as destruições, nem os saques reflectiam a intenção do candidato presidencial, Venâncio Mondlane. Contudo, o povo se aproveitou da situação e participou dos saques, influenciado por alguns elementos infiltrados, diz Marchal.

“Eu quero propor o seguinte: uma comissão de verdade e reconciliação, eu me predisponho como jovem, como alguém que pensa todos os dias, reflecte sobre aquilo que acontece no nosso país, havendo esta abertura nos dois partidos políticos. Não sou intelectual abastado, não conheço muita coisa sobre ciência política social, mas daquilo que é minha experiência, aquilo que é do meu viver, do meu partilhar nos problemas da sociedade, eu me disponho a dirigir a comissão da verdade e reconciliação se, no fundo da FRELIMO, se, no fundo do PODEMOS existir esta vontade”.

Marchal sugere que este não é o momento para nutrir mágoas, ressentimentos ou buscar vingança. Ao contrário, é um período em que se deve assegurar a verdade e promover a reconciliação entre os moçambicanos.

“Este é o tempo de Daniel Chapo não criar inimizades com Venâncio, é o tempo de olhar Venâncio como irmão, como compatriota, que não precisa estar em outro país em asilos, não precisa estar em outro país buscando segurança, enquanto é um patriota moçambicano. Então não vou agora afundar quem vai fazer parte desta comissão, não vou dizer o nome das pessoas, as pessoas já existem e elas podem consolidar este projecto, que vai se chamar verdade e reconciliação”. Vânia Jacinto

 

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