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HCN pode enfrentar limitações para receber novos pacientes caso as manifestações persistam

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Só nesta manhã, 16 pessoas chegam feridas por armas em um intervalo de menos de duas horas

O Hospital Central de Nampula alertou que, se os actos de violência persistirem na província de Nampula, não conseguirá receber mais pacientes.

O aviso foi emitido no começo da tarde desta Quarta-feira (04.12.2024), no início das denominadas manifestações 4×4, pelo director dos Serviços de Urgências do Banco de Socorros do Hospital Central de Nampula, Sulaimana Isidoro.

Provavelmente pesou para este alerta o facto de no intervalo de duas horas, das 9h30 às 11h30, o Banco de Socorros do Hospital Central de Nampula ter recebido 16 feridos em estado grave, resultando um deles em óbito.

“Desempenhamos nosso papel da melhor forma possível, seja como profissionais de saúde, médicos ou enfermeiros. Nossa missão, considerando os recursos disponíveis, seja em maior ou menor quantidade, é salvar a vida das pessoas, pois essa é a nossa missão. Se essa situação persistir, temo que o hospital não conseguirá cumprir esta missão”, avisou reservadamente.

Sulaimana Isidoro não forneceu muitos esclarecimentos sobre a incapacidade de atender a mais pacientes, mas afirmou que a instituição hospitalar é de opinião que as manifestações deveriam cessar.

“De modo geral, isso não pode continuar, pois o hospital deve manter uma atenção mais ampla. Não atendemos apenas a esse perfil específico de pacientes; há outros inúmeros que também necessitam de tratamento e estão sendo recebidos e precisam de tratamento.”

Em relação aos 16 feridos, Sulaimana Isidoro mencionou que eles começaram a ser atendidos  às 11h30. Um dos feridos apresentava múltiplas lesões abdominal e, por conta disso, os médicos precisaram realizar uma cirurgia. Infelizmente, essa pessoa faleceu devido a complicações.

“Recebemos rapidamente um total de 16 pacientes. Até este momento, todos são pessoas feridas por armas de fogo, apresentando diversas condições clínicas”, comentou, esclarecendo que dez dos 16 pacientes estão internados em várias unidades do Hospital Central de Nampula.

Ao contrário da terceira fase, quando os médicos não tinham certeza se os pacientes atendidos no Hospital Central de Nampula eram feridos por armas de fogo, desta vez a instituição foi directa ao afirmar. Todos os 16 feridos que chegaram são vítimas de disparos. Não está claro se são munições reais ou de borracha. Vânia Jacinto

 

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