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SOCIEDADE

Governo de Nampula diz que o silêncio das mulheres diante da VBG alimenta o ciclo de violência

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A Direcção Provincial de Género, Criança e Acção Social de Nampula relatou que os índices de Violência Baseada no Género (VBG) na província de Nampula estão a aumentar. A principal preocupação deve-se ao facto de que muitas mulheres ainda optam pelo silêncio a situações de violência, contribuindo para a continuidade do ciclo de tais ocorrências.

Entre Janeiro e Setembro de 2024, a província de Nampula anotou um total de 1815 casos, em comparação a 948 casos registados no ano 2023, indicando um acréscimo de 867 casos.

A directora Provincial de Género, Criança e Acção Social de Nampula, Albertina Ussene, enfatiza a importância de as mulheres não manterem em segredo os casos de violência, seja ela sexual, psicológica ou física. Ela incentiva que, as, mulheres de Nampula busquem apoio junto às autoridades competentes para responsabilizar os agressores.

Albertina Ussene

“Quero aproveitar neste momento exortar as mulheres, raparigas e pessoas com deficiência da nossa província a denunciarem as tais práticas, as autoridades competentes, através do centro de atendimento integrado às mulheres e raparigas vítimas de violência e os vários gabinetes de atendimento a família e menor de vítima de violência, assim como em todas as portas de entrada de saúde, PAJ, Procuradoria, acção social para beneficiar se dos diferentes serviços (apoio psicossocial, apoio jurídico e assistência médica)”.

De acordo com Albertina Ussene, directora Provincial de Género, Criança e Acção Social em Nampula, dos 1815 casos de Violência Baseada no Género na província, 828 afectaram as mulheres. Durante o mesmo período, 15 pessoas com deficiência sofreram violência psicológica, enquanto em 2023, o número para esse grupo foi de 17, demonstrando uma diminuição de dois casos nesse tipo de violência.

“Comemoramos os 16 dias de activismo, num contexto em que a nossa província ainda continua a registar vários males que apoquentam as mulheres e as pessoas com deficiência, com maior predominância a violência doméstica contra a mulher e a rapariga”, disse Albertina Ussene, que explica que todos os dias a sua instituição tem estado a acompanhar reportagens tristes de mulheres, barbaramente espancadas pelos maridos, abusadas sexualmente, sem motivos que justifiquem.

De acordo com Albertina Ussene, para reduzir comportamentos prejudiciais, a Direcção Provincial de Género, Criança e Acção Social promove palestras de consciencialização com a participação de todos os envolvidos no combate a esse problema na província. Essa luta se intensifica especialmente durante a campanha dos 16 dias de activismo, que acontece globalmente.

“Estamos a realizar palestras nas escolas, nas comunidades, envolvendo as lideranças comunitárias, porque acreditamos que os líderes comunitários têm um papel muito fundamental nessa questão de violência, porque são as pessoas que, portanto são respeitadas, são pessoas com muita influência na comunidade, queremos capacitar os líderes comunitários, para que eles respondam positivamente a essa questão de violência praticada contra as mulheres”. Vânia Jacinto

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