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SOCIEDADE

Será que o diálogo vai realmente conter a violência pós-eleitoral?

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A população da província de Nampula espera que o diálogo que inicia hoje entre o Presidente da República e os quatro candidatos à presidência, nomeadamente, Lutero Simango do MDM, Daniel Chapo da Frelimo, Venâncio Mondlane do PODEMOS e Ossufo Momade da Renamo, consiga por um ponto final à violência pós-eleitoral que assola o país há cerca de um mês.

Em Nampula, há uma expectativa de que o diálogo resulte em uma paz duradoura, pois os cidadãos entrevistados nas ruas da cidade de Nampula compreendem que, quando ocorrem manifestações resultando em actos de violência, quem mais sofre é a própria população. Por isso, eles aguardam que o diálogo em uma mesa única possa ajudar a mitigar as hostilidades que o país enfrenta.

A percepção de certos entrevistados é que, embora o país reconheça as manifestações como um direito, a interrupção das actividades resulta em dificuldades tanto para a nação quanto para os cidadãos, que enfrentam ainda mais prejuízos, já que tudo fica estagnado.

Tesoura Assane afirma que o país já passou por períodos de intensa desordem, que resultaram apenas em consequências adversas. Portanto, é fundamental pôr um término à violência através do diálogo.

“Espero que possamos alcançar um acordo, pois somos todos moçambicanos e irmãos, independentemente das dificuldades que enfrentamos. É crucial que ambas as partes reconheçam que a paz é benéfica para todos. Como podemos observar, os mercados estão vazios, algumas lojas estão inflacionando preços e as pessoas enfrentam dificuldades na importação de produtos, o que não contribui para a melhoria dessa situação confusa. Já passamos por várias crises, incluindo a guerra que durou dezasseis anos, e é fundamental que, apesar das dificuldades, busquemos um entendimento”.

Abdul Yassine Mali, outro popular entrevistado, expressou: “Caso haja a possibilidade de diálogo, espero que tudo transcorra de maneira positiva, já que a população que está sofrendo é a que mais se encontra em risco. Acredito que isso levará a uma solução para a situação”. Ele manifestou a sua esperança de que as condições de segurança melhorem.

O senhor Felix Manumopia espera que o diálogo decorra de maneira tranquila, considerando as visões de todos os concorrentes, independentemente das suas afiliações políticas.

“Ao olhar para o futuro, cada cidadão moçambicano almeja que, após essa conversa, possamos alcançar uma paz verdadeira, pois ninguém apoia a destruição que está acontecendo actualmente. Na realidade, nossa luta é por transformação, e os actos de vandalismo não nos conduzirão a objectivos concretos; é necessário controlar essas turbulências. Os temas que serão abordados no diálogo exigem um consenso que poderá ser desafiador. Meu apelo é para que ambas as partes se ouçam e cheguem a um entendimento em relação a certos pontos que trarão avanços para Moçambique como um todo, sem considerar as diferenças partidárias”. Losângela Mussa

 

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