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Governo de Nacala não consegue amparar refugiados de Cabo Delgado

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O Governo do distrito de Nacala-Porto, na província de Nampula, debate com a falta de fundos para a aquisição de produtos alimentares destinados a auxiliar as famílias deslocadas devido ao conflito armado em Cabo Delgado.

Em Nacala-Porto existem aproximadamente 2020 deslocados, a maioria dos quais reside em condições precárias, sem receber assistência do governo ou de organizações parceiras.

Durante uma entrevista ao Rigor, o responsável pelo Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estrutura no distrito de Nacala-Porto, Malinde Abudo, disse que os 2020 deslocados não estão receber qualquer tipo assistência alimentar, na sequência da paralisação da assistência do Programa Mundial de Alimentação (PMA).

“Em termos de apoio, neste momento não posso dizer que continuamos, de tal forma que os nossos parceiros, refiro-me do PMA, que tanto ajudava na distribuição da cesta básica, acabou cancelando o processo de distribuição de alimentos, neste momento não vou aqui dizer que, existe outro parceiro para dar continuidade aos apoios, não temos nenhum parceiro neste momento”, disse Malinde Abudo.

Devido à ausência de suporte do governo e de seus parceiros, Malinde Abudo informou que várias famílias Cabo Delgado, que vivem em Nacala, participam em actividades de renda, como o comércio, além de outras actividades para se sustentarem.

“Os deslocados já estão praticamente, a desenvolver algumas actividades de renda, e neste momento temos alguns que fazem actividades de hortícolas nos campos de cultivo de Mpaco, algumas senhoras tenho visto nos mercados, continuam a fazer a venda de bolinhos, praticamente neste momento eles vivem assim”, fez saber o director do SDPI de Nacala Porto.

Contudo, segundo Malinde Abudo, mesmo que os deslocados estejam a dedicar-se a actividades de geração de renda, a ausência de auxílio do governo é motivo de apreensão para esse grupo, uma vez que foram obrigados a deixar suas residências e seus bens devido ao conflito armado.

“Constar de uma preocupação para os deslocados a falta de apoios, a medida em que todos eles praticamente acabaram por abandonar tudo o que tinham e vieram cá, de mãos dadas, então é uma nova vida que começam, não é fácil, depois de muito tempo, você estava na sua casa, saiu sem levar quase-nada e poder começar a vida do zero, e nós como governo não nos sentimos à-vontade só que também os recursos para darmos a continuação dos apoios que os nossos parceiros davam, não existem, razão pela qual, sentimos essa necessidade, que eles vivem, sim, mas as dificuldades não faltam”, explicou Malinde.

Da mesma forma, a fim de evitar que os deslocados de Cabo Delgado fiquem desamparados, as autoridades locais têm realizado iniciativas de consciencialização para garantir que os filhos recebam treinamento técnico no IFPELAC, Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais, Alberto Cassimo, a fim de facilitar sua inserção no mercado de trabalho.

“Nossa missão é sensibilizar a eles de facto, no sentido que PMA, que foi o melhor no acolhimento dos deslocados já despediu, então ficamos com a missão de sensibilizar aos deslocados, ficamos com a missão também de submeter aos pequenos cursos aos seus filhos refiro me do IFPELAC, então depois da formação alguns conseguem ter algum emprego mesmo que não seja tão rentável, mas pelo menos para estarem a desempenhar dia após dia” disse a nossa fonte. Redacção

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