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Alerta OCHA : Situação de insegurança persiste em Cabo Delgado

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O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) diz que no mês de Junho de 2024, a segurança em Cabo-Delgado, Nampula e Niassa continuava instável, havendo movimentações imprevisíveis de Grupos Armados Não Estatais em Cabo Delgado.

Um relatório humanitário divulgado recentemente pelo OCHA informa que os dados actuais apontam para um crescimento no número de episódios de violência e movimentação de grupos armados não governamentais de Quissanga para Metuge, confirmando também sua presença ao longo do rio Lúrio, que separa as províncias de Nampula e Cabo-delgado.

Por outro lado, ao longo do mês, foi constatado a presença desses grupos em Mocímboa da Praia, com registos de avistamentos em Ancuabe e Quissanga.

Houve confrontos com as autoridades locais em Nangade, ao passo que em Macomia houve uma sequência de actos violentos e desactivação de artefactos explosivos.

Segundo o relatório, em 13 de Junho, houve uma avaliação de segurança em Macomia realizada pela UNDSS, UNICEF e PMA. A avaliação constatou danos significativos em lojas, um armazém humanitário e uma pousada.

Recorde-se que a resposta humanitária foi interrompida após o incidente ocorrido em 10 de Maio, em Macomia.

“Os serviços de saúde são prestados pelas Forças Militares Moçambicanas com apoio local limitado. Embora a agricultura e os serviços públicos essenciais tenham sido retomados, as escolas continuam fechadas. As difíceis condições de segurança da estrada N380 dificultam o acesso à área”, refere o OCHA que refere que“ O aeródromo local é operacional e seguro. As Forças de Segurança do Governo lançaram operações de cordão e busca em Macomia e Quissanga, desde 11 de Junho, afastando os GANEs das zonas costeiras”.

Segundo o relatório, a equipe recomendou que as actividades humanitárias sejam retomadas assim que as condições de segurança o permitam.

Enquanto isso não se concretiza, conforme o relatório, as organizações humanitárias no Norte de Moçambique buscam novas formas de actuação, como, por exemplo, a ampliação da utilização diversificada de recursos financeiros, implementação remota de acções e estratégias identificadas como “sem arrependimento” para alcançar as comunidades impactadas nas regiões afectadas pelo conflito, com poucos parceiros activos, incluindo em Macomia, Meluco e Quissanga.

Montepuez lidera estatísticas de Violência Baseada no Género em Cabo Delgado

Segundo o relatório do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) sobre segurança nas províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, Montepuez é o distrito com mais casos de Violência Baseada no Género em Cabo Delgado.

Uma pesquisa sobre os casos de Violência Baseado no Género (VBG) em Cabo Delgado mostrou que Montepuez apresentava a maior incidência, com 32%, seguido por Pemba e Mueda. O casamento forçado foi o tipo de violência mais frequente, correspondendo a 51% dos casos, enquanto a agressão sexual representava 30%.

“A maioria dos incidentes ocorreu durante o deslocamento. A retirada das organizações humanitárias de Montepuez para outros distritos afectados pelo conflito agravou o problema, deixando uma lacuna nos serviços de VBG, e o retorno da população local às suas casas aumentou a exposição a riscos de protecção”.

Segundo a Sinopse Humanitária, a presença maioritariamente masculina nas minas locais e empresas multinacionais contribuiu para o aumento dos casos de VBG. Por isso, é destacada a importância de intensificar as acções humanitárias e os mecanismos de protecção urgentemente. Redacção

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