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Crime ambiental: baleia gigante de 3 toneladas é encontrada morta numa praia de Moma
Uma enorme baleia de cerca de 3 toneladas foi encontrada morta em uma das praias da sede do distrito de Moma, em Nampula. As causas da morte da baleia ainda são desconhecidas, mas os moradores locais, ao perceberem a presença do animal gigante, decidiram retirar a carne para consumo conforme as práticas tradicionais.
Informações do Rigor indicam que aproximadamente duas toneladas de carne foram retiradas do corpo do animal que estava boiando ao lado do Rio Moma. Até a manhã deste Domingo (28.07.2024), os restos do animal continuam em decomposição numa das praias (como mostrado na imagem), emanando um cheiro desagradável.
Em uma entrevista concedida ao nosso jornal, o Presidente da Associação dos Pescadores de Moma, João Titos, mencionou que os residentes avistaram a referida baleia numa das áreas de Moma (Matatane) e, devido à demora da intervenção das autoridades locais, o mamífero marinho foi levado pela maré-alta, voltando à costa na última Quarta-feira (24), já em estado de decomposição. Segundo o entrevistado, apesar disso, a população não deixou de recolher a carne do animal.
O Rigor tem conhecimento de que após retirar uma grande quantidade de carne, ela foi seca e processada por comerciantes da região, sendo distribuída para vários mercados, incluindo na capital, Nampula.
Pescadores denunciam massacre de baleias durante pesquisa de petróleo na região de Moma
Esta situação de aparecimento de baleias mortas em Moma não é inédita para os pescadores locais. A Associação de Pescadores já reportou diversas vezes a ocorrência frequente de mortes de mamíferos marinhos na região. João Titos revela haver uma forte suspeita entre os pescadores de que os animais estejam sendo dizimados durante as actividades de pesquisa de petróleo, que, apesar de não oficialmente confirmadas, estariam sendo realizadas secretamente no distrito.
Na última semana, o governo moçambicano divulgou a assinatura de um acordo para a pesquisa e extracção de petróleo na área Offshore de Angoche A6-C, que será conduzido pela ENI Mozambico SpA e pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P. (ENH, E.P.).
“Ninguém sabe ao certo quem mata este tipo de animal, porque essas espécies habitam as águas localizadas longe da costa, além das três milhas. No entanto, é possível considerar a influência das acções humanas nesse contexto, já que diversos animais têm sido afectados por actividades humanas. Embora não haja evidências concretas, há suspeitas de que as pesquisas de petróleo realizadas em alto mar estejam causando impactos negativos. Além disso, a prática da pesca em grandes profundidades também pode ser um factor a ser considerado, visto que é uma actividade recente que pode resultar em danos irreparáveis à vida marinha” disse o presidente da Associação de Pescadores de Moma.
Os pescadores da região de Moma renovam o seu apelo às autoridades locais, pedindo que reforcem as acções de fiscalização a fim de interromper a situação que tem afectado as comunidades e os pescadores locais, os quais veem como crucial para sua sobrevivência a preservação daquela espécie marinha.
Informações da Associação dos pescadores de Moma indicam actualmente sobre três baleias encontradas mortas misteriosamente e sem explicação, causando receio de que este número aumente caso a fiscalização não seja realizada adequadamente.
Na semana passada, o governo de Moçambique disponibilizou sete veículos para serem distribuídos igualmente entre os distritos, visando fortalecer a fiscalização marítima. O distrito de Moma foi um dos beneficiados, juntamente com a Ilha de Moçambique, Nacala, Angoche, Memba, Mossuril e Larde. (Redacção, EE e VJ)
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