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Exploração ilegal continua mesmo com mão dura do governo
O administrador do distrito de Mecubúri, Orlando Pedro Maeivano, reconheceu haver fragilidades de fiscalização para conter a acção de indivíduos que invadem a Reserva de Mecubúri para a exploração ilegal dos recursos faunísticos com destaque para a caça e exploração de madeira.
A Reserva Florestal de Mecubúri abriga espécies únicas de flora e fauna, mas grupos organizados vendem madeira rara ilegalmente.
Para além de acção protagonizados pelos exploradores furtivos, o Jornal Rigor está com informações de que o Governo ao nível da Provincial de Nampula continua a emitir licenças de exploração florestais tendo como áreas a reserva de Mecubúri. Aliás, as autoridades do distrito também debatem-se com esses problemas, tal como foi discutido durante a sessão ordinária do Conselho Provincial de Coordenação em Nampula, um encontro que reúne, nomeadamente, o Governo Provincial e o conselho de representação do Estado.
“Não empregaria o termo controlado, vale dizer que ainda a coisa prevalece, e estaria aqui a mentir. Os caçadores furtivos ainda penetram via Muecate e conseguem tirar. Temos recebido evidências de camiões que penetram na reserva, mesmo a exploração de recursos não madeireiros continua depois da deliberação”, conta o administrador, explicando que depois da decisão do governo de proibir qualquer acção de exploração junto da reserva a situação prevalece.
“Pessoalmente intercedi algumas licenças, tirei fotos e enviei a direcção provincial e escrevemos para o cancelamento desta actividade, e estamos a aguardando a resposta, portanto, ainda o ambiente continua” denúncia Orlando Maeivano, explicando que apesar da sensibilização do governo local para a não exploração da reserva, ainda prevalecem problemas de exploração ilegal.
O director do Serviço Provincial do Ambiente, José Luís, diz que a instituição que dirige tem tentado proteger a reserva por meio de fiscalização e consciencialização das comunidades locais, trabalhando com as diversas autoridades, destacando as de base comunitária, capacitados para intervirem em casos de tomar conhecimento de qualquer tipo de exploração, através da denuncia.
No entanto, a falta de meios de transporte seja de tipo viatura e/ou motorizadas impedem impactam negativamente a actividade fiscalizadora, uma vez que após uma denúncia a equipa multissectorial formado no distrito constituída pelos diferentes actores da justiça encaram dificuldades para chegar a altura de neutralizar os furtivos.
“A reserva é grande, não temos meios, não temos transporte, e nem motorizadas para levar a equipe multissectorial da PRM, a procuradoria para se deslocar ao terreno para interpelar em tempo recorde. Vale a pena aqui não estar a tapar o sol com a peneira, ainda a coisa prevalece”. Disse Orlando Pedro Maeivano, reconhecendo o papel activo do governo para solucionar a situação.
De referir que a reserva nacional de Mecubúri, localizada a Oeste da província de Nampula, tem uma extensão de 230.000 hectares que nos últimos tempos tem sido palco de acções humanas que de certa forma colocam em causa a sua biodiversidade.
Ao longo da reserva a população foi erguendo moradias de construções precárias e abatendo espécies de madeireiros e animais de pequeno porte que habitam no interior da reserva. Vânia Jacinto
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