ECONOMIA
Especialista alerta para consequências desastrosas de empréstimo de 50 milhões em Nampula
Apesar de benéfica para o crescimento da cidade de Nampula, o economista de moçambicanos, Domingos Zaqueu, alerta que a decisão de contrair uma dívida de 50 milhões pelo Município de Nampula é arriscada devido ao curto prazo de pagamento.
Domingos Zaqueu, que não exclui a possibilidade de o Município de Nampula ter tomado essa decisão pelo facto do Governo já estar endividado, necessitando do valor para lidar com algumas dificuldades enfrentadas, diz que a dívida pode dar calote por prazo curto de pagamento.
A proposta aprovada pela Assembleia Municipal sugere que o valor de cinquenta milhões de Meticais a ser solicitada junto a instituições financeiras comerciais será quitado ao longo de um período de 12 meses.
“A probabilidade de risco é mais alta, uma vez que falamos de um valor de 50 Milhões de Meticais, então ao longo de um ano, tenho minhas dúvidas quanto à possibilidade de reembolsar esse valor. Considerando as despesas correntes e os salários a serem pagos, acredito que o prazo seja muito curto. Talvez eles tenham uma estratégia para aumentar os pagamentos de taxas e impostos, a fim de lidar com essa situação”.
Tirando esta questão, Zaqueu diz que “Será extremamente benéfico e favorável para o desenvolvimento do município de Nampula, inicialmente considero ser uma oportunidade oportuna e encaro isso como algo altamente favorável para o avanço da cidade. Acredito sinceramente que se o novo presidente do Município de Nampula chegou a essa decisão de contrair uma dívida, é porque em algum momento o Município já enfrentava dificuldades financeiras, com dívidas acumuladas e falta de recursos para suprir suas necessidades. Portanto, ao decidir recorrer a um empréstimo bancário, em algum momento isso será benéfico, tanto para o pagamento dos salários quanto para manter os funcionários motivados a continuar a trabalhar para o desenvolvimento da cidade”.
O economista especula que ao solicitar o empréstimo a Autarquia corre o risco de não conseguir cumprir os com promessas feitas durante a campanha eleitoral, embora o objectivo seja melhorar a qualidade de vida dos munícipes locais. Isso porque, com essa dívida, a gestão municipal de Nampula estará focada em pagá-la.
“Assim, é evidente que o país enfrenta desafios económicos significativos e contrair uma dívida neste momento pode complicar ainda mais a situação. Diante desse cenário económico incerto, é possível que a administração municipal tenha que renunciar a alguns projectos para lidar com a crise. Em um determinado momento, pode ser necessário revisar o plano de desenvolvimento da cidade. Isso pode resultar na necessidade de priorizar o pagamento da dívida, o que pode impactar negativamente a capacidade de investir em infra-estrutura, como estradas, ou em outros serviços essenciais para o Município”, como destacado pelo economista.
É importante destacar que actualmente o Conselho Autárquico de Nampula possui uma dívida em atraso de aproximadamente 24 milhões de meticais num banco comercial, proveniente de um contrato de leasing para a compra de 40 autocarros. A dívida foi contraída sensivelmente há uma década. Vânia Jacinto
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