SOCIEDADE
Erosão de solo em Nampula: Conselho Municipal busca Soluções sem dinheiro
O Conselho Municipal de Nampula, diz que não dispõe de dinheiro para intervir urgentemente na resolução do problema de erosão de solo, que persiste em algumas áreas da cidade, contudo, há um empenho em encontrar uma solução para essa questão.
O vereador de Urbanização, Gestão de Terra e Meio Ambiente, Stefan Miguel, disse que as mudanças climáticas, são os principais motivos para a situação de erosão em Nampula. Com o aproximar do período chuvoso, mesmo sem possuir recursos imediatos para intervir, o vereador explica que o Conselho Municipal, possui um plano para realizar um levantamento das regiões e famílias afectadas, pelo problema de erosão do solo na cidade de Nampula.
“O que nós queremos, é fazer um levantamento, de toda ocorrência de erosão ao nível de Nampula, para depois disso mapear, nós queremos ter essa ocorrência sintetizada, podermos saber, onde é que se localiza, qual é a característica, gravidade, porque a intervenção, neste tipo de erosão, não é igual, se for uma erosão de grande envergadura ou plenitude, exigem, obras de engenharia, para intervir, também que são obras não pequenas, que demandam muitos recursos, mas também, existe ocorrência de erosão, que a própria comunidade pode controlar.” O Arquitecto, ressaltou a importância desse levantamento, pois irá permitir que as autoridades municipais, saibam onde investir para resolver esse problema assim que dispuserem de recursos.
“Quando tivermos algum orçamento, vamos intervir, nas famílias que vivem esta problemática, nós, sabemos que estamos perante mudanças climáticas, que o ciclo de chuva alterou, mas também a quantidade de chuva, mudou bastante o cenário, então, temos notado, quedas de chuvas em grandes proporções, em curto tempo, que faz com que muita água acumule e essa água, procura sempre espaço para escapar, os quais são naturalmente os cursos de rios, que nós temos, ao nível da nossa cidade, na procura desses caminhos, as águas, arrastam a quantidade de terra, provocam esta erosão”, conforme detalhou Stefan Miguel.
De acordo com Stefan Miguel, a urbanização desorganizada em Nampula, contribui significativamente para a erosão do solo, além das mudanças climáticas. Segundo Stefan, isso acontece porque a construção excessiva de casas, impede a passagem adequada da água, causando problemas de erosão.
“A construção de casas, também, reduz a área de infiltração das águas, porque uma forma de escoamento das águas, é infiltração do solo, então aquela água que era para se infiltrar, não faz o processo, então este problema é vasto, os problemas são similares, o mais grave, é que temos algumas ruas, interrompidas, já não é possível transitar, por conta de erosão, isto agrava e chama a nossa atenção.’’
Além de identificar as áreas na cidade de Nampula, propensas à erosão do solo, a Autarquia de Nampula, tem promovido acções de consciencialização para alertar os munícipes sobre a importância de seguir as regras estabelecidas, pela Postura Municipal na urbanização e gestão do solo.
“É importante que a comunidade seja sensibilizada, para prevenir, o surgimento da erosão noutros locais, podemos gerir aquilo que já temos, mas se nós, tivermos mais fenómenos de erosão, significa agravaram o problema, pode haver outros locais com problema de erosão, segundo aquelas que já existem, traçar acções simples, que a comunidade pode fazer, por exemplo, o enchimento de areia nos sacos” declarou.
Até que a solução do problema de erosão do solo venha, diversas famílias, principalmente as localizadas em áreas de risco, encontram-se em desespero, pois com a chegada iminente das chuvas, a insegurança começa a surgir, já que não têm ideia do que irá acontecer com elas neste ano.
“Aqui não se passa, nos dias de chuva torrencial, é proibido aos alunos de ir à escola, uma medida de prevenção à eventual tragédia no rio Muatala, devido às crateras deixadas pela erosão. Os alunos são dispensados, não são marcadas faltas, porque os professores estão cientes da gravidade da situação”, explicou Ana Francisco, residente no bairro Muatala, confirmando assim, o grave problema de erosão.
Madalena Amisse, que também reside no bairro Muatala, expressa sua tristeza pelo facto de a erosão continuar afectando a região onde vive, sem perspectiva de solução.
“Será que o governo, não tem dinheiro ou conhecimento para resolver este problema? Nós estamos cansados, este país tem governo, pedimos que resolvam este problema.”
Vasco Dravido, residente no bairro Muatala, está pedindo urgentemente a intervenção das autoridades governamentais. Ele relata que os esforços para plantar mais árvores não estão surtindo efeito, pois logo após o plantio, as árvores acabam morrendo em pouco tempo. Elina Eciate
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