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Em Joanesburgo: Southern Defenders enaltece Gamito Dos Santos Carlos com o Prémio Defensor dos Direitos Humanos do Ano da África Austral 2024
Gamito Dos Santos Carlos, activista dos direitos humanos e Director-Executivo da KÓXUKHURU, acaba de ser agraciado com o Prémio Defensor dos Direitos Humanos do Ano da África Austral 2024.
A cerimónia de homenagem aconteceu ao final da noite desta Terça-feira (26) em Joanesburgo, na África do Sul, promovida pela Southern Defenders, uma entidade internacional dedicada à protecção dos direitos humanos com sede naquele país.
Gamito recebe pela segunda vez em menos de um ano, uma homenagem por seu trabalho em prol dos direitos humanos em Moçambique, especialmente na cidade de Nampula, onde trabalha, não só como Director-Executivo da KÓXUKHURU, mas também coordenador da Rede de Defensores de Direitos Humanos na Província de Nampula. Recordamos que foi reconhecido pela primeira vez em Dublin, na Irlanda, onde foi nomeado Defensor dos Direitos Humanos 2024 pela Front Line Defenders.
O prémio da Southern Defenders reconhece o trabalho de promoção, protecção e defesa dos Direitos Humanos, principalmente no âmbito da Democracia e Governação. Gamito Dos Santos tem vindo a destacar-se na África Austral como um dos jovens que em situações adversas intervém na melhoria e consolidação da democracia, com especial atenção em Moçambique, concretamente na província de Nampula, sua terra natal.
Com a recente crise instalada em Moçambique face às eleições de 9 de Outubro, Gamito envolveu-se no atendimento de casos como detenções arbitrárias, agressões, e tem vindo a documentar casos de óbitos que ocorrerem durante as manifestações, do qual até então pretende levar a cabo um processo crime contra o Estado, por entender que é o autor moral e material da violação dos Direitos Humanos.
Sobre o prémio e numa conversa exclusiva logo após a concessão do prémio Gamito disse e passamos a citar: “Para mim, esta homenagem significa um sinal de muita luta. Como é sabido não tem sido fácil lidar com estas matérias, pois a repressão política que caracteriza o nosso País tem levado a cada dia ao fechamento do espaço cívico”, declarou Gamito Dos Santos, afirmando que dedica o prémio a todos os activistas e defensores dos Direitos Humanos, pois, conforme sua visão, “é com eles que trabalhamos, não se pode fazer nenhuma luta de forma individual, essa luta não surtirá efeitos. O prémio é dedicado também à minha família que tem suportado diversas situações em que sou e já fui submetido e esta família aguentado com tudo aquilo”.
Gamito dos Santos promete continuar a trabalhar na defesa dos direitos dos moçambicanos, como forma de tornar realidade o seu sonho de viver num país onde os cidadãos gozam de forma plena dos seus direitos. Raufa Faizal
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