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CISLAMO distancia-se de recrutamentos para insurgência
O Conselho Islâmico de Moçambique em Nampula, nega a presença de quaisquer seitas no país, principalmente em Nampula, que estejam envolvidas na radicalização do Islã e que sirvam como porta de entrada para jovens se juntarem à insurgência.
O Secretário Provincial do Conselho Islâmico em Nampula, Sheik Abdul Magide, afirmou enfaticamente que, caso seja identificado algum membro de uma mesquita com comportamentos radicais, é importante não generalizar. Ele ressaltou a importância de responsabilizar individualmente essa pessoa, como cidadão moçambicano que cometeu um erro, evitando assim associar o islamismo a tais atitudes, por serem questões distintas e não relacionadas.
Aqueles que ainda acreditam que ataques terroristas são realizados por jovens muçulmanos recrutados em mesquitas sob a orientação do conselho islâmico, Abdul Magide, solicito provas que confirmem o envolvimento de sua organização e forneçam evidências sólidas.
“Solicitamos às pessoas que afirmam que as mesquitas são utilizadas para recrutar jovens que apresentem provas, por ser fácil falar sem fundamentos. Nunca, vimos alguém denunciar uma célula de recrutamento em uma mesquita, portanto, são apenas acções de má-fé. Isso não se restringe apenas à religião muçulmana, pois o radicalismo está presente em todas as religiões, na política e em diversas áreas. É importante saber distinguir as coisas”, disse o sheik.
No entanto, mesmo ciente das limitações do Conselho Islâmico em supervisionar as mesquitas e dos respectivos sheiks envolvidos em práticas religiosas, devido à presença de outras entidades que administram algumas mesquitas, o líder religioso refuta a ideia de que as mesquitas sejam usadas como locais de recrutamento de jovens para actividades insurgentes.
“O Conselho Islâmico tem o controlo das suas mesquitas. Nem todas as mesquitas são tuteladas pelo Conselho Islâmico, existem outras tuteladas por outras organizações, mas aquelas que são nosso património, temos o total controlo, e a nossa fiscalização é a cada seis meses”.
A fonte disse que, visando combater o extremismo violento, o Conselho Islâmico de Moçambique em Nampula está activamente envolvido na realização de diversas palestras com mensagens positivas, visando fortalecer principalmente a resiliência dos jovens e da comunidade muçulmana em relação à situação.
“Nossas apresentações não são exclusivas apenas para os seguidores da religião muçulmana, mas também para os não praticantes. Por isso, escolhemos locais estratégicos para organizá-las, como campos abertos, ginásios, e diversos outros lugares, a fim de alcançar a todos”, explicou. Além disso, ressaltou que outras actividades incluem treinamentos com líderes religiosos nas mesquitas para prevenir a radicalização no islamismo.
“Preparamos nossos Imamos para identificar e combater qualquer forma de radicalização ou extremismo violento em nossas mentes. Sabemos que a falta de conhecimento pode levar à propagação de informações falsas, tornando-nos vulneráveis ao engano mediante ofertas de emprego ou outras artimanhas. Por isso, é essencial estarmos bem informados e capacitados para reconhecer e rejeitar tais tentativas. Além disso, buscamos desmistificar as alegações dos terroristas, produzindo manuais e orientações para os nossos Imamos. Monitoramos de perto as capacitações e avaliamos seu impacto na comunidade, a fim de garantir que a contra narrativa seja eficaz. Essas caravanas são fundamentais para essa missão”.
Segundo Sheik Abdul Magide, as mesquitas sob a supervisão do Conselho Islâmico não são responsáveis pelo recrutamento de jovens, seja por meio de actividades como essa ou por qualquer outro motivo. Ele acredita firmemente que qualquer alegação sobre o envolvimento das mesquitas nesse processo é infundada e tem o objectivo de prejudicar a reputação do Conselho Islâmico e da religião muçulmana.
“Fala-se que as mesquitas são utilizadas para recrutar pessoas, mas até onde sabemos, isso não é verdade, pois as organizações islâmicas se posicionam contra esse tipo de prática. Se houver alguma tendência que identificamos, nosso objectivo é frustrá-la. É claro que houve algumas tentativas, por meio de discursos violentos, de atrair jovens e desviá-los, mas o Conselho Islâmico segue uma tradição profética genuína e se afasta desse tipo de acção”. Elina dos Eciate e Nelton dos Santos
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