Cinco mortos e mais de 2.000 pessoas afectadas

Pelo menos cinco indivíduos morreram e 2.044 pessoas na província de Nampula foram gravemente afectadas pelas chuvas que têm atingido alguns distritos da Província de Nampula, nos últimos dias.

Segundo o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres, Anacleta Botão revelou que as cinco mortes aconteceram devido a raios das descargas atmosféricas. Além das mortes, diversas infraestruturas públicas e privadas, como hospitais, escolas, torres de energia eléctrica e casas, sofreram danos parciais ou totais.

“Nos últimos dias, as chuvas que se registaram resultaram em danos. Até a data de ontem (Sexta-feira, 29 de Novembro de 2024), foram registados cinco óbitos, todos devido a descargas atmosféricas. Há várias infraestruturas danificadas, especialmente residências, unidades sanitárias, salas de aula e postes de energia eléctrica”. Segundo explicações de Anacleta Botão, essas ocorrências afectaram principalmente os distritos de Monapo, Meconta e Malema.

Anacleta Botão afirma que, nos próximos sete dias, estão previstas intensas chuvas com descargas atmosféricas, impactando de maneira significativa 10 distritos, maioritariamente da região costeira da província de Nampula.

Além de Meconta, Monapo e Malema, que já experimentaram incidentes nos últimos dias, os distritos que devem receber uma quantidade significativa de chuva nos próximos dias incluem Moma, Angoche, Mogovolas, Mogincual, Mossuril, Ilha de Moçambique, Nacala, Nacarôa, Eráti, Memba, Muecate e a cidade de Nampula.

“A época de chuvas já começou. Até três semanas atrás, não havia registos de nenhum incidente, mas, actualmente, a província de Nampula tem sentido os impactos dessa instabilidade nas últimas 24 horas. Estamos observando um sistema de baixa pressão que se conecta a um sistema frontal, resultando em condições climáticas severas, como chuvas, ventanias e trovoadas. As precipitações que estão sendo registadas variam entre 30 e 50 milímetros”, afirmou Anacleta Botão, delegada provincial do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres.

A fonte revelou que, nesse período de grande apreensão, a instituição está utilizando mensagens de texto de diferentes operadoras para manter o público actualizado. Contudo, a fonte ressalta a importância de a população prestar atenção a essas informações e seguir as directrizes que serão divulgadas.

“Estamos utilizando um sistema de telefonia celular e enviando mensagens para áreas onde se espera a ocorrência de determinados fenómenos. Compartilhamos essas informações com as rádios comunitárias para poderem ser divulgadas. Além disso, contamos com os comités locais de gestão de riscos e desastres nas comunidades para disseminar esses dados”, ressalta Botão. Elina Eciate