SOCIEDADE
Ano lectivo começa em Nampula, mas com turmas numerosas e sem salas de aulas adequadas, denuncia ANAPRO

A Associação Nacional dos Professores de Moçambique (ANAPRO), em Nampula, afirma que, assim como em anos anteriores, a província de Nampula iniciou o ano lectivo escolar 2025 com dificuldades, afectada de maneira severa pela destruição da maior parte das escolas, em decorrência tanto dos protestos quanto pelos ciclones CHIDO e DIKELEDI, que atingiram a província.
Além de diversas salas ao relento, em muitos distritos, as instituições de ensino formaram turmas numerosas, chegando variando entre 80 a 100, o que deverá dificultar a assimilação de conteúdos de qualquer natureza.
A ANAPRO, por meio de seu secretário provincial, Arnaut Ângelo Naharipo, informou que nos distritos de Eráti, Memba, Ilha de Moçambique, Mossuril e Liupo, apesar de o ano lectivo escolar 2025, ter começado oficialmente, as condições para a realização das aulas são impraticáveis. As escolas estão severamente danificadas, na maioria devido a manifestações e aos efeitos dos dois ciclones, que atingiram a província.
“O governo não organiza de maneira adequada o início do ano escolar. Existem sempre dificuldades, e neste ano, essas dificuldades são diversas”, afirmou Arnaut Ângelo Naharipo, Secretário provincial da ANAPRO em Nampula.
A ANAPRO afirma que a actual realidade na província de Nampula revela que o governo não se preparou adequadamente para o início do ano lectivo. Segundo a fonte, não faz sentido dar início ao ano escolar se as instituições de ensino não apresentarem condições propícias para o processo de ensino e aprendizagem.
“As aulas iniciaram, mas enfrentam um imenso fracasso, afectando tanto alunos quanto professores. Os pais justificam que não tiveram tempo hábil para organizar a aquisição dos materiais escolares para seus filhos, enquanto os professores ainda não compareceram ao trabalho por duas razões: a primeira, a espera pelo pagamento do 13º salário antes de começarem as aulas; a segunda, a impossibilidade de alguns professores retornarem às escolas devido a questões de segurança. Os professores estão sendo perseguidos, especialmente no distrito de Liupo”.
Arnaut Ângelo Naharipo, Secretário provincial da ANAPRO em Nampula, afirma que a problemática das salas superlotadas não se restringe apenas aos distritos afectados pelo ciclone, mas também ocorre em outros distritos. Ele mencionou a cidade de Nampula, além de Ribáuè e Meconta, como as que estão mais impactadas pelas turmas numerosas.
“Em Meconta, nota-se que as infra-estruturas não proporcionam condições adequadas para as aulas. A superlotação das salas na zona de Corane é alarmante, com 500 alunos sem-abrigo adequado. Na EPC de Mputo Velho, os estudantes estão recebendo aulas na cozinha. Em Ribáuè, na Escola Básica de Namigonha, existe um espaço projectado para acomodar mais de 100 alunos, embora não consiga comportar nem a metade desse número”, conforme revelou Arnaut Ângelo Naharipo, Secretário Provincial da ANAPRO em Nampula.
Ele também alertou que o ano lectivo escolar 2025 começou em Nampula, lidando com outro problema nos distritos como Ribáuè e Meconta, que se prende com à lentidão na tramitação de documentos, contribuindo para a acumulação das dívidas de horas extras de 2022, 2023 e 2024.
“Este ano lectivo está marcado por dificuldades”, afirmou Arnaut Ângelo Naharipo, explicando haver uma escassez de recursos, salas de aulas insuficientes, turmas superlotadas e inúmeras dívidas com os professores. Raufa Faizal
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