SOCIEDADE
ANAPRO classifica a acusação de ligação ao partido FRELIMO como ataque à honra nacional

A Associação Nacional de Professores (ANAPRO) refutou as alegações feitas pelo activista social Sismo Eduardo, que insinuou uma possível ligação entre a entidade e o partido FRELIMO. A ANAPRO considera essas afirmações uma grave ofensa ao país e um acto de difamação.
Em entrevista ao Rigor, Marcos Mulima, que ocupa o cargo de vice-presidente e desempenha a função de porta-voz da ANAPRO, diz Sismo Eduardo está desprovido de fundamento para uma acusação desse tipo, uma vez que todos os membros da ANAPRO são indivíduos que enfrentam múltiplos processos judiciais, supostamente iniciados por pessoas ligadas ao sistema.
“A ANAPRO é uma entidade oficialmente reconhecida pelo governo de Moçambique, possuindo Estatutos próprios e até uma certidão de existência permanente. Não se trata de uma organização que possa ser desfeita facilmente”, afirmou Marcos Mulima, vice-presidente, ao explicar que a ANAPRO representa unicamente os interesses da classe docente, independentemente de filiações partidárias. Por isso, ele considera as declarações feitas pelo activista Sismo Eduardo como caluniosas.
“Compreendemos que se trata de mais um ataque entre os diversos que temos enfrentado por várias instituições, inclusive do próprio partido Frelimo. Os membros da ANAPRO são indivíduos fortemente perseguidos pelo regime. Portanto, acreditamos que essa acusação é uma maneira que Sismo Eduardo encontrou para nos descredibilizar, e percebemos que o jornal Rigor foi instrumentalizado para desacreditar a nossa organização”, afirmou Marcos Mulima, vice-presidente, ressaltando que Sismo Eduardo não possui conhecimento suficiente para justificar sua acusação
Em contrapartida, a ANAPRO exige que o activista comprove a sua defesa por meio da apresentação de factos e evidências claras.
Até que as acusações sejam comprovadas, a ANAPRO considera que as declarações de Sismo Eduardo representam uma “encomenda” do Governo do Regime, com o intuito de desestabilizar a associação, que vem lutando incansavelmente para restaurar a dignidade dos professores e a qualidade do ensino.
Vale lembrar que Sismo Eduardo afirmou recentemente, em uma entrevista ao RIGOR, que a ANAPRO estava se tornando uma entidade política em detrimento da educação. Ele também alegou que as frequentes paralisações das aulas são uma espécie de encenação. Redacção
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