SOCIEDADE
Académico moçambicano sugere a reedição do programa de transformação de armas em enxadas contra o terrorismo
O académico de Moçambique, Delfim Consolo, diz que reedição do Programa de transformação de armas em enxadas, anteriormente implementado pelo Conselho Cristão de Moçambique, juntamente com outras acções, pode ser a chave para reverter o quadro do terrorismo no país.
Em uma palestra intitulada “Como inverter, causas e encontrar possíveis soluções do terrorismo em Cabo-Delgado”, o especialista afirmou não haver impedimento, para que métodos eficazes do passado, sejam resgatados e aproveitados. Delfim Consolo, entende que o problema do terrorismo é complexo em Moçambique, no entanto, destaca que, o combate deve contar com a estreita colaboração das confissões religiosas, aliada a uma série de acções.
Além de incentivar a cultura da paz, por meio do antigo projecto do Conselho Cristão, Delfim Consolo, destaca a importância de outras iniciativas, que possam ajudar o combate do terrorismo em Cabo Delgado, como a promoção pelos líderes religiosos e confissões religiosas, de estratégias de apoio e reintegração de indivíduos, que estejam dispostos a deixar a actividade terrorista.
“ Partimos do princípio de que as congregações religiosas, elas buscam muita das vezes o apoio dos seus parceiros, daí que é necessário que cada congregação, comece desde já, a estudar mecanismos daqueles indivíduos, que abandonam a prática daqueles actos malignos.”
De acordo com Delfim, para quem as instituições religiosas, devem estabelecer planos para a inclusão dos cidadãos mais desfavorecidos na sociedade, a fim de evitar a radicalização e impedir que, esses grupos marginalizados, se juntem a organizações terroristas.
“Algumas congregações religiosas, têm estado a radicalizar os jovens com fundamentos religiosos. O papel da religião, é propalar a paz e fraternidade e não a radicalização”, diz Consolo, para quem é necessário que as confissões religiosas, trabalhem na mobilização e palestras, visando conter a onda de radicalização religiosa em Moçambique.
“É necessário que os líderes religiosos, nas suas comunidades, promovam programas de sensibilização, para que os jovens, não aderem a esse mal. É necessário que todos compreendam o terrorismo como um grande mal.”
Delfim, diz que outra forma de combater o terrorismo, é dos líderes religiosos valorizarem as práticas e símbolos religiosos entre os fiéis. Conforme argumenta, actualmente é comum assistir a cenários de vandalização de locais de culto, promovidos entre os líderes religiosos.
“Aquelas pessoas que fazem vandalização não têm a noção de sentido da cooperação e valorização dos locais de culto.”
Na palestra, “Como inverter causas e encontrar possíveis soluções do terrorismo em Cabo-Delgado, Consolo termina apelando para o governo, envolver activamente as instituições religiosas, na divulgação da lei de branqueamento de capitais e de outros instrumentos de prevenção ao terrorismo.
“Isto para perceberem o espírito da lei, como presunção para compreender os riscos de se envolver no terrorismo.” Raufa Faizal
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