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ECONOMIA

52 técnicos tributários da at em nampula exigem reconhecimento após três anos de espera

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52 colaboradores da Autoridade Tributária de Moçambique, da delegação de Nampula, que participaram do Concurso de Mobilidade iniciado em 2020, iniciaram um processo de reivindicação devido à ausência de pagamento de salários na função de técnico superior tributário da 2ª classe para a qual se candidataram.

Segundo informações obtidas por Rigor, há um total de 500 funcionários que estão na mesma condição, distribuídos por quase todo o território nacional.

Depois da mobilidade, todos participaram de duas capacitações: uma de abordagem paramilitar no quartel de Boane e outra teórica sobre assuntos fiscais e aduaneiros no Centro de Formação Tributária e Aduaneira em Moamba. Estranhamente, ao final do processo, voltaram a receber os salários que tinham ao ingressar na Autoridade Tributária, o que frustrou as suas expectativas.

A maioria dos 500 colaboradores provém da área da Educação. Para o leitor compreender melhor a situação, é importante destacar que a disparidade salarial entre os salários recebidos na carreira educacional e/ou de proveniência de cada um e aqueles solicitados na função de técnico superior tributário da 2ª classe gira em torno de cinquenta mil meticais e/ou mais.

Conforme apuramos, a ausência de resposta nas correspondências enviadas a instituições e ao Ministério das Finanças levou os funcionários a optarem pela suspensão das suas actividades, até que se resolva a situação.

Pode-se ler num requerimento à presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, pelos funcionários da AT em Nampula, que “decidimos levar a cabo a solicitação de pagamento dos Salários referentes à carreira de Técnico Superior Tributário de 2ª Classe, conforme a tabela da entidade”.

Assim, quatro províncias, a saber, Inhambane, Gaza, Província de Maputo e Cidade de Maputo, estarão na Sede da Autoridade Tributária a partir de 10/02/2025, enquanto as demais províncias permanecerão em suas respectivas Delegações”.

Segundo a mesma nota, os trabalhadores observam que o direito a uma remuneração adequada, conforme o artigo 85 da Constituição da República de Moçambique (CRM), e a compensação justa pelo trabalho realizado em benefício do Estado, deve estar alinhada ao patamar salarial nas quais o funcionário ou servidor público está classificado, conforme o artigo 76 do Estatuto Geral dos Funcionários (EGFAE), de acordo com a Lei n.º 4/2022, datada de 11 de Fevereiro.

“Agradecemos desde já a compreensão de todos e estamos na expectativa de que esse assunto seja resolvido”, solicitam os funcionários.

No entanto, em desvio do que foi solicitado nas cartas, os cinquenta e dois empregados da AT na delegação de Nampula voltaram aos seus postos de trabalho, enquanto aguardam uma resposta formal à sua correspondência até à próxima Sexta-feira, 14 de Fevereiro.

Os colaboradores que falaram em anonimato com o Rigor, nesta Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025, manifestam que sua maior inquietação não é atrapalhar o progresso das actividades, mas sim a inserção em suas respectivas carreiras para poderem receber conforme os seus empenhos.

É importante ressaltar que a maioria desses trabalhadores estão vinculadas a área de geração de receita, a qual é susceptíveis a diversas práticas ilegais, tornando essencial que a sua remuneração reflicta adequadamente os seus esforços. Redacção

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