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ECONOMIA

Destruição em Massa: Os custos sociais e económicos das manifestações de apoio a Mondlane

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As manifestações violentas organizadas pelo candidato à presidência, Venâncio Mondlane, que acontecem em Moçambique desde 21 de Outubro, em protesto contra os resultados das eleições que dão vitória à Frelimo e seu candidato, Daniel Chapo, estão a causar um cenário negativo em diversas áreas essenciais para o desenvolvimento do país, afectando a economia significativamente. O auge dessas manifestações foi registado em 7 de Novembro, com danos consideráveis, especialmente na capital moçambicana, onde as acções violentas se concentraram.

Em vez de uma manifestação pacífica, como era esperado, no passado dia 7 de Novembro, a situação se descontrolou, resultando na morte de pelo menos três pessoas, 66 feridos, variando entre lesões graves e ligeiros, além de actos de vandalismo, saques em propriedades tanto públicas quanto privadas, e destruição de bens do governo.

Diferentes figuras públicas já haviam antecipado a possibilidade de actos de vandalismo e destruição.

Na manhã daquele trágico dia, diversos jovens, munidos de dísticos e entoando canções, podiam ser vistos em várias ruas e avenidas das periferias de Maputo. Por meio de um grupo no WhatsApp, jovens, adolescentes e crianças foram convocados a se posicionar em diferentes locais das cidades de Maputo e Matola, com o objectivo de seguir rumo ao centro de Maputo. Os manifestantes tinham a intenção de invadir o Palácio da Ponta Vermelha e a Presidência, além de outros espaços públicos. Centenas de pessoas tentaram acessar a cidade de Maputo pelos bairros de Alto-mãe, Coop, Malanga e Chamanculo, mas se depararam com uma barreira robusta das Forças de Defesa e Segurança (FDS), que utilizaram gás lacrimogéneo para dispersar os protestantes.

Apesar de não terem conseguido executar o objectivo de atacar a presidência da República e a ponta vermelha, devido à acção das forças de defesa que se mobilizaram para proteger a nação, o ambiente de terror característico da guerrilha urbana causou prejuízos irreparáveis.

Enquanto as forças policiais se ocupavam em dispersar os protestantes nas avenidas Acordos de Lusaka e Joaquim Chissano, um grupo de jovens estava saqueando lojas no Centro Comercial da Shoprite. Na loja OK, os alegados manifestantes conseguiram levar quase todo o estoque. Armados com pedras e outros materiais contundentes, eles, os manifestantes, quebraram o portão, estilhaçaram os vidros e invadiram os estabelecimentos. Electrodomésticos e colchões foram levados. O grupo, ao deixar as lojas com os produtos, atravessou a Avenida Acordos de Lusaka rumo ao bairro da Mafalala. Aqueles que não conseguiam transportar os materiais para casa optaram por escondê-los na Praça de Touros, onde muitos dos objectos acabaram sendo recuperados pela polícia.

No bairro da Maxaquene, um grupo de manifestantes colocou fogo no edifício do Comando Distrital da Polícia Municipal de KaMaxaquene, em Maputo. No incidente, três tractores e uma retroescavadora, que eram de propriedade da autarquia de Maputo, sofreram danos, além de veículos particulares que estavam estacionados na área.

As instalações do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) também sofreram danos. Os protestantes arrombaram os escritórios, levando tudo o que conseguiram, enquanto o que não puderam levar foi destruído. Os kits de alerta para o próximo período de chuvas foram furtados, colocando em risco a segurança de milhares de pessoas em Moçambique.

Em Matola, indivíduos que se dizem manifestantes entraram à força em um supermercado localizado no bairro de Tsalala, próximo ao mercado de Malhampswene, e realizaram o furto de vários matérias e produtos.

Em Nampula, apesar de as manifestações ocorridas no dia 7 de Novembro não terem causado danos significativos, excepto o incêndio de algumas barracas e de uma pequena sede da Frelimo no Bairro Muhala Expansão, as manifestações estão sendo consideradas um obstáculo ao desenvolvimento.

O Presidente do Conselho Empresarial de Nampula, Momed Ynusse Agafar, fala dos significativos danos que a manifestação está provocando, embora não forneça números específicos.

“O efeito significativo foi a degradação moral que surgiu na sociedade, e os pequenos homens de negócio sofreram as manifestações de maneira indiscriminada. Quem negocia uma banana para trazer outra para casa enfrentou enormes prejuízos. Estamos em uma sociedade onde todos dependem do quotidiano, e esse dia-a-dia tem sido repleto de dificuldades”, disse, solicitando que as fases de manifestações que estão sendo anunciadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane não sejam consideradas, pois estão desestabilizando a economia do país.

“ Esperamos que os apelos que foram feitos, para os próximos passos não aconteçam mais esse dia de paralisação e conseguirmos tirar da nossa mente essa crise, porque essa crise, deixou a nossa mente, a todos os níveis desgastados. É incalculável quando perdemos, num parado, são prejuízos irreparáveis, mas temos que aceitar que aconteceu o mal e esperamos que não repita”. Redacção 

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