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CULTURA

Venâncio Mondlane e o impacto cultural: produtos artesanais estão sem saída e a crise arrasta artesãos à fome em Nampula

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Em Nampula, as sucessivas manifestações populares, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, afectam negativamente as artes e culturas em toda a província, sobretudo aos escultores que reclamam a falta de clientes.

Os escultores que esculpem e expõem os seus objectos artesanais no recinto do Museu Nacional Etnologia de Nampula, relatam que a falta de compradores tem se verificado desde 2020, a época do pico da pandemia da Covid-19, mas o cenário piorou, nos últimos dias, com as manifestações pós-eleitoral, onde ficam, por exemplo, um dia sem sequer um visitante.

Eles disseram que os seus principais clientes são cidadãos estrangeiros, sobretudo oriundos de países europeus como Portugal e Alemanha e os de origem Americana, com destaque para brasileiros, Norte Americanos, entre outros, mas que nos últimos dias decidiram não colocar os pés no recinto, com receio de cruzarem com os manifestantes.

Pedrito Benedito Samuel, um escultor que exerce há mais de dez anos junto do recinto do Museu Nacional Etnologia de Nampula, conta que a situação torna-se cada vez mais complicada na vida dos escultores.

“Passamos mal, em termos dos clientes, não entra nem se quer um. Os grevistas tiram-nos o pão e a prejudicar a nossa família. Isso não é manifestação, mas sim oportunismo, é ver da forma como isso tem acontecido não tem absolutamente nada a ver”, lamentou.

E para salvar o seu negócio, o homem da cultura apela a quem de direito a dialogar com os promotores das manifestações, neste caso o político e candidato presidencial do partido Povo Optimista para Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane.

Albenito Jorge, outro artesão, também lamentou a crise de clientes que tem passado no Museu Nacional de Etnologia, na chamada catedral das artes e culturas de Nampula.

“As manifestações ainda continuam a aumentar a nossa desgraça, porque até hoje não há nenhum visitante que escala o museu, em todo momento nós sentimos e continuamos a passar a fome que sentíamos antigamente. As manifestações só vieram acelerar a crise financeira que passamos”, lamentou. Aires de Deus

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