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Régulo Mucuepera defende envolvimento de Sheiks e Alifas na luta contra as uniões prematuras

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Visando estancar as uniões prematuras no distrito de Angoche, na província de Nampula, o Régulo Mucuepera, uma figura de destaque no distrito, defende a necessidade da participação dos líderes muçulmanos, como Sheiks e Alifas. Segundo o líder comunitário, eles são os responsáveis pela realização da maioria das cerimónias matrimoniais registadas no distrito.

De acordo com Momade Jamal Mucupere Abacar, também conhecido como Régulo Mucuepera, na zona de Inguri, onde actua, houve um aumento na consciência dos líderes locais sobre a importância de combater as uniões prematuras. Contudo, ele aponta que, em algumas áreas mais afastadas da cidade de Angoche, e em certos casos dentro de sua jurisdição, Sheiks e Alifas, ainda promovem tais uniões. Por isso, ele defende que é essencial incluir esses líderes nas iniciativas de mobilização para a erradicação desse problema na região. Além disso, o Régulo ressalta a necessidade de acções concretas por parte do governo para consciencializar os líderes religiosos.

“Embora as uniões prematuras ainda ocorram, elas se dão sem o meu conhecimento, essa prática é realizada pelos sheiks e pelas Alifas. Um exemplo é um pai de família que pode se reunir com esses sheiks e Alifas para celebrar um casamento sem que eu saiba disso”, afirmou, acrescentando: “Nos encontros que temos, sempre falo que não somos os responsáveis por essas uniões prematuras, pois quem continua a celebrar essas uniões são os sheiks. Seria eficaz que, ao encontrar um sheik a realizar essa prática, ele fosse detido, mesmo que apenas por alguns dias, isso ajudaria a consciencializar e afastaria muitos de se envolverem nesse tipo de situação. Entretanto, até agora, não há acções nesse sentido.”

Momade Jamal Mucupere Abacar, mencionou ainda que em Angoche, tem diminuído a prática de uniões prematuras, embora ainda haja casos isolados, frequentemente com a conivência de alguns líderes religiosos.

Embora não cite exemplos específicos, o Régulo afirma que há diversas situações em que os Sheiks e Alifas celebram uniões. A fonte menciona que existem casos reais levados à justiça, porém sua resolução é lenta e, quando ocorre, acontece sem a participação dos líderes comunitários.

“Já fiz diversos encaminhamentos ao tribunal, especificamente à procuradoria. Minha função consiste em registar esses casos, e se eu tiver a oportunidade de lidar com esse tipo de situação, é obrigatório que eu faça chegar. No entanto, nós, eu e toda a minha equipe, estamos descontentes, porque, ao enviarmos um caso para o tribunal e este ser resolvido, não somos informados ou convidados para participar. Quem fez o encaminhamento não é chamado”, expressou o régulo, solicitando que haja celeridade e envolvimento dos líderes comunitários na solução dessas questões.

O Régulo propõe que as autoridades governamentais se esforcem intensamente para incluir, além dos régulos, os líderes religiosos, especificamente os sheiks e alifas, a fim de que todos compartilhem um igual entendimento.

“Eu sou activista e realizo um trabalho voltado para a comunidade com o objectivo de desencorajar a ocorrência de uniões prematuras.” Vânia Jacinto

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