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SOCIEDADE

Estrada de Marrere atrasa e causa revolta

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O atraso na conclusão das obras da via que liga a Estrada Nacional número 1 ao Hospital Geral de Marrere, na cidade de Nampula, está a prejudicar a vida dos moradores e utentes dos serviços públicos sediadas na região, que devido às obras em curso são obrigados a contornar o bairro para acessar certas áreas, o que os leva a percorrer um caminho mais longo.

Anteriormente, a conclusão e a inauguração da estrada estavam planificadas para coincidir com as comemorações do dia da cidade de Nampula, em 22 de Agosto. Contudo, o Presidente da Autarquia de Nampula, Luís Giquira, decidiu adiar o evento para Setembro passado, explicando o atraso na importação do asfalto. Entretanto, os moradores estão perdendo a paciência, pois os nossos entrevistados relataram que, para acessar certas áreas e instituições, como o Hospital de Marrere e a Universidade Lúrio, são obrigados a contornar a estrada, o que gera custos adicionais e perda de tempo. Os cidadãos afirmam que a falta de inauguração dessa via faz com que, especialmente os estudantes das instituições de ensino na região, além dos usuários do Hospital Geral de Marrere, tenham que desembolsar entre 100 a 120 meticais para o percurso que contorne a EN1 e os locais de destino.

Uma das entrevistadas, identificada como Célia dos Angelos, expressou sua insatisfação com a demora na inauguração da estrada.

“Pelo que observei, disseram que a inauguração seria no dia 22 de Agosto, quando comemoramos o aniversário da cidade, mas isso não ocorreu. A verdade é que muitas pessoas enfrentam longas distâncias para chegar a determinado local; nesta estrada não circulam chapas, isso complica a vida para quem precisa ir à UniLúrio, pois se não tiverem dinheiro para um táxi-moto, precisam pegar um chapa que passa pela Fábrica de Cervejas, depois descer no Marrere e ainda caminhar. Portanto, os que podem, preferem optar pelo táxi-moto, devem ter dinheiro”, relatou, manifestando seu desejo de ver a estrada finalizada e disponível para a comunidade.

Uma cidadã que preferiu permanecer anónima desconfia que a inauguração da estrada esteja atrelada à finalização de outra parte da mesma. Apesar disso, expressa sua insatisfação com a lentidão do processo, pois, segundo as suas palavras, cada vez que a inauguração é adiada, a comunidade sofre as consequências. “A estrada que vai do cruzamento até o Marrere envolve dois empreiteiros diferentes; creio que esse seja o motivo da demora. Se houvesse apenas um responsável, o que já completou seu troço, seria mais simples, já que ele conhece bem seu trabalho. Entretanto, o projecto foi dividido: do cruzamento até a Tecnologia, são chineses, e da Tecnologia ao Marrere, parece que é um empreiteiro moçambicano. Assim, essa divisão está atrasando a entrega do serviço conforme o prometido. O que eu peço é que, pelo menos, finalizem o trabalho e façam a entrega, para podermos passar por aqui livremente”, declarou.

Um jovem de 27 anos, que foi entrevistado durante na zona da Universidade Lúrio, expressou sua insatisfação com a lentidão na entrega da obra aos munícipes.

“É uma situação difícil. Em Marrere existem escolas e também uma Universidade, e a distância é grande. Percorrer esse trajecto a pé, tanto na ida quanto na volta, não é simples. O custo de um táxi entre os dois pontos é de 60 meticais, representando uma despesa considerável. Caso essa estrada fosse inaugurada e tivesse transporte colectivo, a situação seria bem mais favorável, pois com esse tipo de transporte o gasto seria apenas de 20 meticais para o percurso de ida e volta, o que é mais acessível. O que solícito é a inauguração dessa estrada.”

O Rigor entrou em contacto com a Vereação de Manutenção e Obras do Conselho Autárquico de Nampula, representado por Raja Amisse, para questionar a lentidão na finalização dos trabalhos para a inauguração da estrada. Ele não forneceu detalhes, apenas mencionou que a Autarquia trabalha para resolver a situação.Losângela Mussa

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